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O impacto da mudança de algoritmo do Facebook
Com o objetivo de privilegiar conteúdo de amigos e familiares, a plataforma altera seu feed de notícias e causa preocupação entre marcas e veículos
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1 de julho de 2016 - 9h19
Isaque Criscuolo e Luiz Gustavo Pacete
Na última quarta-feira, 29, o Facebook fez mais uma mudança no algoritmo do feed de notícias. Simplificando, a plataforma irá priorizar postagens e compartilhamentos feitos por amigos e familiares em detrimento do conteúdo de páginas que o usuário curtiu. A grande pergunta que sonda a mente de profissionais, marcas e veículos que utilizam o Facebook como forma de distribuição de conteúdo é: como essa mudança impacta a minha estrategia?
Para Camila Porto, especialista em internet marketing e autora do livro “Facebook Marketing”, a principal consequência é a queda do alcance orgânico. “Está cada vez mais difícil para as marcas aparecerem organicamente no feed das pessoas. E é normal que isso aconteça, pois o Facebook é uma ferramenta de mídia. Se eu não pago eu não apareço. ”, diz.
Camila dá duas dicas para empresas neste momento de transição: continuar focando na qualidade do conteúdo e na importância de investimento de uma verba para publicidade, assim como acontece em qualquer outro canal de mídia. “O News Feed é o principal produto do Facebook e o foco deles é manter as pessoas no feed. O alcance orgânico vai diminuir na mesma proporção que a necessidade de empresas aumenta. ”, complementa. Para minimizar os impactos desta mudança de algoritmos, a especialista diz que as empresas devem ficar atentas aos formatos que o Facebook tem valorizado: vídeo e Facebook Live.
“Mais uma vez o Facebook está mexendo no seu feed de notícias em uma tentativa para dar mais visibilidade para posts de família e amigos e menos de marcas e veículos.O Facebook tá percebendo que as pessoas estão deixando de postar sobre si mesmas, para postar mais notícias e coisas que não são pessoais. Isso é o “Colapso de Contexto”, diz Bia Granja, fundadora do youPIX. “Por isso é importante fazer de tudo um muito para não depender do Facebook pra ter relevância no digital. “, diz Bia.
A reflexão do momento é pensar que cada decisão tomada pelo Facebook não é inocente. Se por um lado ele está pagando veículos e celebridades para utilizar o Live e incentiva que fanpages e empresas utilizem a ferramenta (no momento, assim como foi ao introduzir vídeos, entrega numa taxa orgânica muito maior do que outros conteúdos), por outro, fecha a torneira de alcance orgânico no feed. Esta pode ser uma medida para incentivar o uso de suas novas ferramentas.
Para Renata Longhi, diretora de conteúdo da F.biz, com a importância que os publishers ganharam no News Feed nos últimos anos, o usuário passou a usar o Facebook também para se informar e se atualizar sobre assuntos de interesse. “Quando se passa a depender de familiares e amigos para esta curadoria, as informações vão passar por filtros antes de chegar até você. E como todo mundo está no Facebook, e seus amigos representam grupos diversos dos quais você faz parte, nem sempre o filtro vai ser adequado ao que você gostaria. ”, diz Renata. Ela reforça que para as marcas o impacto pode ser o objetivo e intenção que o consumidor tem ao acessar o Facebook. “Para a agência, o principal ponto é observar o comportamento dos consumidores diante da mudança – se haverá alguma mudança no tipo de conversas que acontecem no Facebook, e no interesse do consumidor em cada formato de conteúdo. ”
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