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Os 5 pontos mais importantes do Mobile World Congress

Consumo conectado, pagamentos por celular e evolução das operadoras começam a acontecer


6 de março de 2015 - 3h06

Aproximadamente 95 mil pessoas lotaram Barcelona essa semana para uma das maiores feiras de telecomunicação do mundo. A Samsung atraiu a atenção de todo mundo ao pedir uma grande parte do evento para promover os dois novos aparelhos Galaxy. A marca apareceu com um logo mais simples, depois de um ano conturbado para a empresa coreana. Outra empresa em busca de renovação, a Microsoft revelou dois novos aparelhos: mais baratos, coma intenção de expandir o sistema operacional da empresa. O desenvolvedor de software Mozilla revelou um aparelho de baixo custo também, e a Motorola apostou em street art para apresentar seu aparelho.

Mas os gadgets não foram as únicas estrelas do show. A telecomunicação e suas festivas apresentações foram as de maior faturamento. As empresas de mídia e agências estão sendo cada vez mais atraídas para o evento para ver o que as novas inovações podem representar para os consumidores e marcas parceiras.

Veja a seguir alguns tópicos dos maiores temas discutidos na Mobile World Congress para os anunciantes.

Operadoras investindo em mídia
Velhas conhecidas, as operadoras de telefonia estão investindo pesado em conteúdo e serviços a serem entregues para os consumidores. As operadoras estrangeiras que estão no comando. Vodafone, a maior operadora do mundo, anunciou que em breve oferecerá serviços de televisão no Reino Unido, adicionando ao seu atual pacote. Um pouco antes da conferência, a Deutsche Telekom fechou um acordo com o Airbnb para instalar o conhecido aplicativo de aluguel de imóveis em smartphones da Europa. Nas operadoras norte americanas, AT&T teve a maior presença, apresentando sua tecnologia para ser instalada em carros para que o usuário possa sincronizar seus aparelhos de casa. A operadora ainda reforçou seu comprometimento com seu programa patrocinado de dados, que oferece suporte de propaganda para usuários.

Algumas dessas ações aconteceram em meio a crescente pressão. Em Barcelona, na segunda-feira, 6, Mark Zuckerberg defendeu e promoveu o Internet.org, seu programa para disseminar o uso de conectividade, que precisa de investimentos na área de conexão sem fio. Mais cedo naquele dia, o Google confirmou seu plano de virar uma operadora, começando com um projeto pequeno que poderia, entre outras coisas, fazer com que a gigante de buscas simplifique sua oferta de anúncios para as marcas. Espere ver alguns dos maiores anunciantes dos EUA começarem a agir como vendedores de publicidade – e vice-versa.


O consumidor está – quase – aqui

Para alguns profissionais de marketing presentes em Barcelona, o gadget mais fascinante da feira foi uma escova de dente. A Oral-B revelou seu mais novo produto, uma escova de dentes ligada a um aplicativo e a um espelho touch-screen. A P&G fez uma parceria com a Disney, criando um aplicativo desenvolvido para crianças. Thomas Fellger, CEO da Iconmobile, agência responsável pela campanha do produto, o vendeu como novidade para programas educacionais matutinos: “compre um sabonete para eliminar bactérias”. “De repente, você volta no tempo e tem algo para contar”, diz ele. “Isso é a propaganda de volta.”

A escova inteligente era um dos vários produtos difíceis de se imaginar, mas que agora estão disponíveis para venda ou quase. O portal para recargas sem fio, desenvolvido pela Samsung, é outro. São produtos que dão oportunidades totalmente novas para os profissionais, disse Michael McLaren, CEO da MRM/McCann. “É um produto dos sonhos para os usuários ativos de mobile”, ele disse. Junto com casas inteligentes, carros conectados e tecnologia werable, os aparelhos estão mostrando que profissionais precisam pensar além do comum. “Não é o celular em primeiro. É a mobilidade em primeiro lugar”, explicou Mainardo de Nardis, CEO da OMD Worldwide.

Adland (e ad tech) chegou
Não é Cannes, mas o show em Barcelona tem atraído cada vez mais e mais visitantes da área de propaganda. Dezenas de marcas estavam à mão, levando pessoas para visitas no piso das apresentações e reuniões fechadas. No ano passado, a MediaLink ficou de host durante a semana. Para os profissionais que compareceram, o evento virou exposição dos últimos lançamentos e tendências mobile. “É uma oportunidade para você, como profissional, se manter na liderança”, disse McLaren da MRM/McCann, que teve um show considerável.

A tecnologia em anúncios também cresceu. “Quatro anos atrás, nós tínhamos só um corredor”, disse Dipanshu Sharma, CEO da XAd, uma das empresas especializadas em anúncios para celular e que agora tem quase um andar inteiro, dos nove disponíveis para o evento.


A guerra dos pagamentos está começando

O evento tinha inúmeros carros, já que montadoras estão investindo em mobile e conectividade entre aparelhos. E eles apareceram em lugares inesperados: a BMW estava no meio do stand da Visa. Na terça-feira,3, a empresa financeira anunciou um novo meio de pagamento com a Pizza Hut. Os consumidores podem passar no para pegar uma fatia e pagar do painel do carro.

Pode parecer uma engenhoca. Mas a Visa, que também anunciou uma parceria com a Samsung Pay, a carteira digital que sairá no meio do ano, vê carros como uma peça-chave das “experiências de ambiente” para os consumidores, disse Chris Curtin, diretor de marca e inovações de marketing. O Google, um dos primeiros a entrar no mercado de pagamentos digitais, também teve novidades nessa área. Eles anunciaram o Android Pay, uma aba de API onde os desenvolvedores podem usar. Para não ficar de fora, outra pioneira, o PayPal, fez um barulho com a criação do seu novo leitor NFC.

Apple ainda está silenciosa
É uma situação comum para feiras de tecnologia, mas a ausência da Apple criou assunto. Por trás de cada sessão sobre meios de pagamento, tecnologia wearable e propaganda para mobile, ficou claro que ninguém sabia os próximos movimentos da Apple. O Samsung Pay ganhou o entusiasmo dos cartões de crédito parceiros, mas poucos outros profissionais da área. E os especialistas de mercado estão céticos quanto à possibilidade desses aparelhos venderem ou competirem com a Apple.

E quanto ao novo smartwatch da Huawei, a gigante chinesa da telecomunicação com recém-anunciados planos de expandir negócios, gerou algum barulho, wearables tiveram pouca presença esse ano. Eles enfeitaram poucos pulsos. Os visitantes estavam mais dispostos a discutir sobre a próxima segunda, 9 de março, quando é esperado que a Apple fale um pouco mais sobre o relógio.

 

Do Advertising Age

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