Notícias
Startups: 4 lições para o mercado de comunicação em 2013
O que as startups selecionadas pelo Most Contagious 2013 ensinam sobre as regras do mercado - e como têm lucrado com isso
Startups: 4 lições para o mercado de comunicação em 2013
BuscarStartups: 4 lições para o mercado de comunicação em 2013
BuscarO que as startups selecionadas pelo Most Contagious 2013 ensinam sobre as regras do mercado - e como têm lucrado com isso
18 de dezembro de 2013 - 5h39
POR EDUARDO DUARTE ZANELATO
De Londres
Com a crescente atenção dispensada às startups – e o frescor que elas podem trazer para grandes corporações – reunimos abaixo o que as empresas com melhor desempenho e posicionamento podem ensinar ao mercado. Não são regras, mas inspirações para que profissionais, agências e empresas possam se questionar se não há hábitos a serem repensados ou novas práticas a adotar. As startups foram selecionadas pela equipe editorial da Contagious levando em conta o desempenho em crescimento e em retorno aos investidores, além do desafio que propõe ao setor onde competem.
Mude o mundo
Um dos aspectos comuns a praticamente todas as seis startups é que, em sua gênese, elas querem transformar o mundo num lugar melhor por meio dos serviços ou produtos que comercializam.
Talvez o exemplo mais bem acabado seja a GoldieBlox, vencedora do Most Contagious Awards na categoria Small But Perfectly Formed (veja vídeo da empresa abaixo). Criada por uma engenheira incomodada com a predominância de homens nas áreas de exatas, ela decidiu colocar no mercado um produto que ensinassem as crianças que as coisas no futuro podem ser diferentes. O mesmo vale para o Upworthy, start up focada em produção de conteúdo positivo e que dê sentido para as pessoas enquanto elas acessam atualizações em suas timelines.
Facilite (e contribua para) a vida das pessoas
Encontrar alguém para namorar numa grande cidade pode ser complicado e, muitas vezes, doloroso. Por que não facilitar e deixar a mágica acontecer graças pelas mãos – ou cálculos – dos algoritmos? É a isso que se propõe o Tinder, o app mais falado do momento. O usuário faz o log in via Facebook (embora nada seja publicado) e pessoas geograficamente próximas a ele aparecem no aplicativo. O usuário seleciona quem o interessa e, caso a pessoa corresponda, ambos podem iniciar uma conversa (e, com sorte, se encontrarem de verdade).
Já o Everest é uma rede social para iOS que tem por objetivo ajudar as pessoas a destravarem aquilo que têm de melhor dentro delas. Para tanto, usuários definem metas – e os demais membros (bem como o próprio aplicativo) usam táticas de games para motivá-los a atingí-las. Pode ser um regime, uma rotina mais saudável pelas manhãs – ou mesmo uma escalada ao Everest, de onde veio a inspiração para o nome.
Desafie o modelo de negócios
A maioria das startups aqui reunidas têm por objetivo quebrar (ou mudar) as regras do jogo da indústria que exploram. O melhor exemplo disso é o Sherpaa, que pretende mudar completamente a maneira como os norte-americanos lidam com seguro-saúde, um dos grandes temas debatidos politicamente naquele país. A ideia é ter médicos bem preparados, disponíveis online 24 horas por dia, prontos a atender demandas dos usuários e assim evitar idas desnecessárias e custos altos decorrentes de visitas ao pronto socorro.
O serviço é uma sociedade de David Karp, fundador do Tumblr, e Jay Parkinson, que quer usar a experiência dali para mudar a maneira como americanos se consultam (e permitir acesso mais amplo a serviços de saúde). Até agora, 55 empresas já usam o serviço com seus funcionários.
Mesma missão tem o Upworthy, que surge numa era pós-crise da mídia tradicional. Em vez de discutir se seus links devem ou não ser compartilhados nas redes sociais, a start-up transforma as timelines em seu motor de conquista de audiência (e testa exaustivamente as chamadas que mais atraem leitores para uma mesma matéria).
Como toda empresa de mídia, sofre com a monetização de seu conteúdo – mas já começa a colher frutos da audiência (tem 5 milhões de assinantes diários e foi taxada pelo site Business Insider como "a companhia de mídia com o crescimento mais rápido do mundo"). Posts patrocinados e anúncios no site já começam a se tornar fonte de renda mais frequente.
Explore a conectividade
Se há algo que está vindo para ficar, é a internet das coisas. A Cisco prevê que até 2022 esse mercado movimentará nada menos que US$ 14,4 trilhões de dólares. E é para isso que a australiana Ninja Blocks está olhando. Seu produto é uma espécie de hub que concentra a conectividade de diversos objetos de um mesmo ambiente – sua casa, por exemplo – permitindo que você controle tudo de uma vez só, num controle remoto no seu smartphone. A empresa já lucra US$ 100 mil mensais com a venda dos Blocks, e pretende expandir o negócio trabalhando com fabricantes de diferentes produtos para embutirem tecnologia que torne os produtos conectáveis.
Veja também
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Especialistas analisam a possibilidade de comprar espaços publicitários de forma automatizada no rádio tradicional e quais são as vantagens disso
Como a tecnologia pode impactar pequenos negócios
Por meio de aplicativos para celular, startups oferecem soluções para unir indústria, mercado varejista e consumidores