Notícias
Startups brasileiras levam inovação ao SXSW 2016
Pela terceira vez consecutiva, APEX-Brasil levou 37 empresas inovadoras para o evento em Austin, no Texas
Startups brasileiras levam inovação ao SXSW 2016
BuscarStartups brasileiras levam inovação ao SXSW 2016
BuscarPela terceira vez consecutiva, APEX-Brasil levou 37 empresas inovadoras para o evento em Austin, no Texas
28 de março de 2016 - 11h59
Por Pyr Marcondes, diretor-geral da M&M Consulting
Olha que ideia legal. E se pudéssemos lavar roupas numa água originalmente poluída, como a existente em inúmeras cidades do mundo, mas durante o processo de lavagem, tanto a água como a roupa ficassem limpas e livres de bactérias e vírus? Boa essa, hein?
E esta: uma plataforma de inteligência artificial que operasse de ponta a ponta no ecossistema da publicidade e, usando algoritmos, pudesse analisar bilhões de dados de marcas e consumidores, interpretar, aprender e fazer previsões para campanhas com altíssimo grau de precisão? Ia ser ótimo, não é mesmo?
E uma plataforma online que calculasse previamente com precisão os custos de construção e projetasse casas pré-fabricadas, que seriam entregues prontas direto no endereço designado pelo comprador? Nossa, genial, concorda?
Pois essas ideias existem, são de brasileiros e fazem parte respectivamente das startups Tendt, Nexus Edge e Bim.Bon. Essas e mais outras 8 startups e suas ideias estiveram se apresentando no SXSW 2016, como parte de uma caravana de 37 empresas inovadoras, levadas a Austin pela APEX Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
A APEX faz isso há três anos. No primeiro ano, coordenou a participação de 57 empresas, que resultou em US$ 5 milhões de negócios gerados. Naquele ano, as startups brasileiras finalizaram sua participação no evento com a expectativa de captação de US$ 6,8 milhões para estruturar seus negócios ao longo dos 12 meses seguintes. Já em 2015 a presença brasileira via APEX gerou US$ 18,9 milhões em negócios realizados durante o festival e nos 12 meses seguintes ao evento, valor que superou bastante a estimativa inicial da agência, que era de US$ 7 milhões. Este ano, a expectativa é gerar US$ 18 milhões em negócios.
“O ambiente do SXSW respira inovação e é um estimulo ao empreendedorismo. Com tantas ideias e tecnologias, de todo o mundo, disponíveis num mesmo evento, quem presencia e conhece encontra inspiração e motivação para inovar sempre”, avalia André Fávero, Diretor de Negócios da Apex-Brasil.
Todas as empresas selecionadas focam suas atividades naquilo que se convencionou contemporaneamente chamar de Economia Criativa, que no caso das empresas brasileiras reúne games, propaganda, música, filmes, tecnologia e inovação.
Nos anos anteriores a agência criou nas proximidades do Convention Center de Austin, ponto central de todas as atividades do evento, a Casa Brasil, que reunia os brasileiros presentes em Austin, promovia palestras, shows, workshops, etc.
Este ano as atividades focaram no SXSW Trade Show, a feira oficial do encontro, que além de inúmeros estandes com as mais avançadas descobertas em andamento nas áreas da ciência e tecnologia, abrigou também estandes de vários países com startups como as do Brasil.
“Todos que vêm ao SXSW sabem que durante cinco dias Austin vira o epicentro da convergência juntando um punhado de gente de tech, marketing, diretores, designers, startups e por aí vai. Todos hiper curiososos e sedentos por novidades. O mais interessante é que quando você está com sua empresa aqui, e trabalhando, que é o nosso caso, você de repente virá um nó dessa rede. É impressionante como todos vem até você querendo saber mais, querendo ajudar, fazer novas conexões e negócios. Pessoas de todas as partes do mundo. Vemos na prática o poder da vida em rede e o poder do festival. Isso só faz crescer em nós a responsabilidade em devolver para o mundo algo realmente relevante. No caso do Brasil, fantástico ver, pelo trabalho da Apex, como em nosso país tem coisas bacanas e de primeiríssimo nível acontecendo. A inovação, ponta de lança da educação é o único caminho para o futuro do nosso povo. Yes, we can! ”, comenta um animado Marcelo Pena Costa, da startup Bike da Firma, sobre a oportunidade.
“Apesar de ter estado no SXSW no ano passado, o festival é sempre revigorante. Como startup, é uma experiência bastante rica lidar com o público internacional e, ao mesmo tempo, conhecer outras startups com outros desafios e tecnologias.
Ao passo que é um clima dinâmico e acolhedor, também nos sentimos testados o tempo todo, seja pela linguagem, pelos produtos ou pela diversidade que só um evento internacional pode ter. Acredito que a riqueza dessa experiência não se dá somente pelos obstáculos na comunicação com o público, porém igualmente no contato com outras empresas e pessoas que, provavelmente, não teríamos fora daqui.
Receber o público em nosso estande é sempre a parte mais instigante, afinal, não dá para saber o que esperar. Mas andar pelos outros estandes e conferir o trabalho admirável que também tem sido feito em outros lugares do mundo é o que define a reputação do SXSW”, é a opinião de Marcellus Amadeus, Co-founder e Chief Scientist da Nexus Edge sobre sua participação no evento.
Este ano, pela primeira vez, a Agência atuou como parceira da organização do SXSW na curadoria de seminários que aconteceram no âmbito do evento. Foram três seminários sobre cyberfeminismo, storytelling e novas tecnologias e América Latina.
Veja também
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Especialistas analisam a possibilidade de comprar espaços publicitários de forma automatizada no rádio tradicional e quais são as vantagens disso
Como a tecnologia pode impactar pequenos negócios
Por meio de aplicativos para celular, startups oferecem soluções para unir indústria, mercado varejista e consumidores