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Uma viagem para o futuro
Avanço do mobile com crescimento da base de smartphones, automação de processos e mudança dos modelos de agências e grupos de mídia devem impactar o mercado nos próximos anos
Avanço do mobile com crescimento da base de smartphones, automação de processos e mudança dos modelos de agências e grupos de mídia devem impactar o mercado nos próximos anos
Fernando Murad
10 de maio de 2016 - 22h31
Em celebração aos 10 anos do evento ProXXIma, o painel de encerramento da programação reuniu cinco profissionais que contribuíram para o desenvolvimento do evento para discutir o que os próximos 10 anos reservam ao mercado. O cenário vislumbrado tem a consolidação do universo mobile, grande automação nos processos de mídia, e agências capazes de oferecer conteúdo criativo, prestar consultoria de negócios e design de produtos e serviços.
“Costumo brincar que se soubesse o futuro, não contaria para ninguém (risos). No que vi do mobile, só estamos arranhando a superfície. A base de smartphones no Brasil vai passar de 30% para 70% em cinco anos”, disse Romero Rodrigues, da Red Point Eventures, ressaltando ainda que a ineficiência da economia brasileira – e latino-americana – será corrigida pela tecnologia e pelo mobile.
Brincando que sua única certeza é que 2026 será o ano do mobile, Marcelo Sant´Iago, ex-Media Math, apontou que a automação de processos no ambiente de mídia e negócios será uma tendência, tanto B2B quanto B2C. “A mídia programática será resolvida. Não existe mídia e mídia programática. Só muda a forma de comprar”. Para Enor Paiano, da IMS, o problema de conexão no Brasil já está resolvido e todos já sabem que o mundo é mobile. “Todos com um telefone na mão conectado o tempo todo é a realidade”, destaca.
Um pouco mais pessimista, Abel Reis, do gupo DAN e Isobar, pontuou que em 10 anos os grupos de mídia e agências correm o risco de estarem extintos, pelo menos da maneira como conhecemos. Três fatores podem levar a esse cenário, segundo Abel: a pressão de desintermediação de agências e anunciantes oriunda principalmente de empresas como Google, Facebook e Twitter; o avanço de consultorias e empresas nativas digitais, como Accenture, Deloitte, IBM, Mckinsey e PWC, no mundo do marketing; e o fenômeno da automação e programática.
“O mercado tem a trincheira da criatividade e pode reinventar rapidamente seu papel”, analisa Abel. “Acredito que as melhores agências daqui a 10 anos serão aquelas que sintetizem criatividade no conteúdo, capacidade de consultoria de negócios e competência no design de produtos e serviços”, complementa.
Na opinião de Pyr Marcondes, diretor do Meio & Mensagem, nos próximos 10 anos as marcas, de alguma forma, vão virar publishers e substituirão a publicidade e propaganda. “Essas palavras não farão parte do vocabulário das futuras edição do ProXXIma”.
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