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Venda do Twitter é eminente e deve ser rápida
Para especialistas, o interesse pelo microblog reforça uma tendência de grandes empresas em busca de escala e consolidação
Venda do Twitter é eminente e deve ser rápida
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Luiz Gustavo Pacete
26 de setembro de 2016 - 9h42
Desde o início de agosto, aumentaram os rumores de que o Twitter poderia ser vendido. Porém, foi na última sexta-feira, 23, que o mercado passou a avaliar de forma concreta o negócio. Uma reportagem da CNBC apontou que a empresa estaria no centro do interesse de dois grandes players: Google e Salesforce. A informação fez com que as ações do microblog subissem mais de 15%.
A notícia também informava que o conselho do Twitter é favorável a venda. Outras fontes consultadas pela CNBC acreditam que o negócio seja fechado até o fim deste ano. Marcelo Coutinho, consultor digital e professor da FGV , acredita que a venda pode acontecer rapidamente. “Em 2008, escrevi um artigo comentando a oferta de US$ 44 bi da Microsoft pelo Yahoo e, de lá pra cá, as tendências que descrevi só se acentuaram: importância da escala e consolidação como fator de atração de capital.” Coutinho reforça que a questão não é se o Twitter será vendido, mas quando. “Nesse mundo, ou você tem escala ou tem um diferencial competitivo que te torne o mais forte em um nicho. Para quem fica no meio, o espaço será cada vez mais estreito. ”
Possível venda do Twitter agita o mercado
Para Eric Messa, professor da Faculdade de Comunicação e Marketing da Faap, apesar da possibilidade de venda ser alta, é difícil saber os rumos da empresa. “Apesar da plataforma não conseguir já há algum tempo, ampliar sua base de usuários. ainda assim o Twitter ganhou um papel importante no que se refere à aplicação em second screen.” Segundo Messa, o Twitter ganhou o status da plataforma preferida para a conversação sobre fatos e momentos e experiências vividas concomitantemente por um grande volumes de pessoas. “Bons exemplos são os programas de reality shows, seriados de TV ou transmissão de jogos esportivos.”
Ainda de acordo com Messa, dificilmente um novo comprador o fará para interromper suas atividades. “Acredito que mesmo em se tratando de uma empresa com outro produto semelhante, o Twitter já se consolidou no mercado como a plataforma de real time e second screen e isso sem dúvida será ainda mais explorado pelo comprador ”, diz o especialista. O interesse pelo Twitter vem de empresas que estão fora da briga entre as plataformas sociais e querem, através da compra, entrar nesse mercado, mas também há interesse das marcas que já possuem plataformas sociais, pois assim ampliam sua participação no mercado ao mesmo tempo que impedem a entrada de novos players. Em outubro do ano passado, Jack Dorsey, cofundador do microblog, assumiu oficialmente a presidência da empresa após estar interinamente no caro desde julho, após a saída de Dick Costolo, e esteve na função entre 2007 e 2008.
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