Viacom lança agência própria de branded content

8 de março de 2016 - 11h13

Por Pyr Marcondes

Não é a primeira, nem será a última.

As empresas geradoras de conteúdo estão (finalmente) percebendo que um de seus grandes assets na vida é seu próprio conteúdo e que ele pode (e deve) ser tratado como um produto e não apenas como uma propriedade intelectual proprietária exclusivamente destinada a ser publicada ou colocada no ar apenas em seus próprios canais. Que inteligentemente trabalhados, esses conteúdos se transformam em uma potencial nova fonte de receita. E que em tempos de transformação digital, isso é o mínimo e o mais óbvio e o mais fácil a fazer para gerar novas receitas.

Nessa linha, a Viacom acaba de lançar uma agência de conteúdo própria, exatamente aproveitando-se do conhecimento que tem sobre seus próprios conteúdos e sua capacidade der distribuí-los. Só que a serviço das marcas.

A nova agência se chama Velocity Content Network, tem 20 pessoas trabalhando lá, com o objetivo de criar branded content e fazê-los serem consumidos em todas as plataformas sociais e de relacionamento da Viacom.

Essa nova unidade faz parte de um projeto ainda maior, que é o Viacom Velocity, uma agência de marketing digital completa. Essa uma iniciativa ainda mais inovadora e arrojada. Nessa unidade trabalham 200 pessoas, produtores de conteúdo para marketing integrado.

Por trás de toda essa iniciativa de marketing e conteúdo está o princípio inevitável e também óbvio para os publishers de data driven content. Ou seja, bombar os conteúdos produzidos por essa máquina em outra máquina, que é a de dados automatizados via programática.

A Viacom tem uma plataforma tecnológica proprietária que ajuda nessa tarefa chamada Viewprint, que faz tracking de visibilidade e de sentimentos nas redes sociais, que ajuda a medir e redefinir o tom das campanhas de branded content em tempo real.

Cada campanha dessa estrutura é customizada, óbvio.

O Youtube tem também sua rede própria de branded content. Mas a Viacom está indo bem além disso, criando uma lógica de agência e de prestação de serviços aos anunciantes.

Algo que as agências deveriam estar se preocupando em fazer, aliando-se aos publishers. Mas são poucos os movimentos nesse sentido.