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Você tem duas opções: ou entra ou entra no mundo digital.

Reflita com cuidado se sua empresa está preparada para concorrer em um mundo 100% conectado. A questão agora não é apenas como isso irá acontecer, mas quando.


27 de janeiro de 2017 - 10h10

Por Carlos Bassi (*)

Quando, em 2010, decidi deixar de lado a carreira de executivo em uma empresa de software respeitada globalmente para me dedicar ao mundo das startups, ao mesmo tempo que me preparava para a “próxima grande onda” de tecnologia, as pessoas mais próximas ficaram confusas com a minha motivação. Afinal, qual lugar poderia ser mais apropriado para surfar a próxima onda do que uma grande empresa de software?

Posso dizer que me vejo como um jovem dinossauro em tecnologia, tendo testemunhado algumas mudanças significativas durante a minha carreira. Naquele momento sentia como se algo desconhecido estivesse a caminho e que seu impacto seria potencialmente devastador. Precisava de muita velocidade para me adaptar e passei a primeira metade da década de 2010 envolvido com startups, tecnologias e modelos de negócio que ofereciam ganhos de escala para mudar o mundo dentro de 5 a 10 anos.

Mas chegamos em 2017. E agora? Um grande número de empresas ainda não aplica tempo suficiente para o assunto. Soma-se a isso o fato de que muitos CEOs ainda não incluíram em suas vidas o universo digital, inviabilizando identificar o real impacto e benefícios para suas carreiras e negócios. Transformação digital não é simplesmente um aplicativo para ganhar velocidade nas tarefas operacionais ou conectar o mundo exterior com o interior, embora isso seja importante. É uma transformação no modelo de negócios, que pode começar com a necessidade de alternativas para o crescimento e terminar no monitoramento de ativos, ou ainda com os ativos da própria empresa indicando um modelo de negócio economicamente mais eficiente.

É a maior, mais complexa e imprevisível onda de tecnologia que presenciei. E especialmente difícil de ser implantada, principalmente se a tarefa for delegada a alguém que está na operação diária do negócio e tem o próximo trimestre como horizonte de planejamento. Definitivamente é um assunto estratégico.

Recentemente retornei a uma grande corporação, mas em uma indústria. Novamente, meus colegas não entenderam a motivação. Por qual razão uma pessoa com o meu histórico iria trabalhar justamente em uma indústria? Concluí que as consequências da transformação digital na indústria são grandes demais para serem confiadas à startups. E estou em um lugar que está praticando algo muito alinhado com o meu pensamento. Uma empresa que, liderada por seu principal executivo, está investindo fortemente na sua própria transformação e desenvolvendo novos modelos de negócio para o mundo digital, utilizando softwares e novas tecnologias combinadas com serviços e máquinas.

A tecnologia sempre proporcionou o aumento de produtividade, ganhos de escala, oportunidades para cortar custos removendo recursos desnecessários e acelerando processos, criação de novas linhas de negócios, etc. E podemos concluir atualmente que a tecnologia habitualmente foi aplicada “em pontos isolados”. Reflita com cuidado se sua empresa está preparada para concorrer em um mundo 100% conectado. A questão agora não é apenas como isso irá acontecer, mas QUANDO. A previsão mais conservadora, dentre os principais institutos de pesquisa, aponta para 20,8 bilhões de dispositivos conectados em 2020 – um crescimento anual constante de próximo a 30%.

O esforço necessário para testar e validar hipóteses em um negócio complexo, promovendo com sucesso a transformação digital, poderá superar facilmente qualquer orçamento e dificilmente disponibilizará resultados com a velocidade e qualidade necessárias utilizando uma abordagem tradicional. Exigirá uma estratégia e conhecimentos específicos, orientada pelos profissionais certos, que, sobretudo, devem dominar profundamente o negócio de sua empresa.

Já deveria ser uma certeza de que todos precisam entrar na fila da transformação. O próximo passo desta nova ordem de negócios pode ser seu. O risco de ficar de fora dela pode ser muito alto. Você arrisca?

(*) Carlos Bassi é líder Digital da GE Renewable Energy na América Latina

 

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