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Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

O boom do TikTok

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4 de janeiro de 2021 - 8h00

Inaiara Florêncio*

Pra quem me acompanha sabe que, há alguns anos, falo sobre a plataforma que veio para revolucionar a maneira de produzirmos e consumirmos conteúdo. Lembro que na primeira vez que fiz um post sobre o tema no LinkedIn uma das maiores dores que apareceram nos comentários foi sobre como criar um conteúdo nativo e como participar, enquanto marca, de maneira próxima, nativa e natural, sem ser o “tio do pav”.

Eis que 2020 chegou e a pandemia fez a gente se revirar em vários sentidos. Com as pessoas em casa, precisando se reinventar e se adaptar à novas maneiras de consumir, trabalhar e se relacionar com os filhos, o TikTok se consolidou como o aplicativo mais popular na pandemia de Covid-19, sendo o mais baixado ao redor do mundo esse ano, de acordo com levantamento da consultoria AppAnnie. E foi assim que ele caiu nas graças do público.

De repente começamos a ver reposts de vídeos feitos no TikTok, passando na timeline do Instagram e outras redes, mostrando o poder viral da plataforma.

Enquanto criativa, eu costumo falar da importância de “recriarmos a criação” e a maneira com a qual olhamos para plataformas emergentes. E, para isso, precisamos ir além dos apps “mais tradicionais” considerados nas estratégias de marcas.

Se a plataforma vai durar ou não já é outra discussão. A provocação aqui é exatamente entender onde está a atenção das pessoas e aproveitar enquanto está em alta. É anti-estratégico pensar que o investimento de tempo na plataforma por pessoas e marcas é em vão. Vide exemplos da estratégia da Magalu e Amaro como uma das primeiras a lançar desafios, que geraram muito buzz.

Temos outro ponto quando falamos do comportamento autêntico, do entretenimento e do nível de foco de quem está na plataforma. Lá você acessa para se entreter ou criar. Você não costuma usá-la no meio de uma reunião, por exemplo. É quase que um momento de se entreter, relaxar, criar e se inspirar. Diferente do Instagram, no qual deslizamos o dedo pelo feed e stories e não necessariamente consumimos na íntegra o conteúdo.

Encerro aqui pensando no quanto marcas seguem perdendo oportunidades de criar conexões com seu público, de maneira nativa e autêntica, e mais que isso, entretendo, ensinando, trocando e aprendendo.

O pensamento aqui é: menos julgamento à partir de gostos pessoais ou de seguir afirmando que os conteúdos são apenas sobre dancinhas (há uma diversidade imensa de conteúdos, de CEOs à aulas de inglês) e mais sobre entender os comportamentos das comunidades, se atentando às oportunidades e tendo agilidade para acompanhar essas transformações de comportamento, desse tal mundo VUCA que vivemos.

*Inaiara Florêncio é partner & plataforms director da Avellar

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