A Garota de Wudang e um kick ass no nosso futuro

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Blog do Pyr

A Garota de Wudang e um kick ass no nosso futuro

Não vou dar spoiler, mas não resisto revelar alguns trechos, para pensarmos um pouquinho

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4 de janeiro de 2024 - 6h00

Estou lendo – com direito a dedicatória que meu filho Tiago pegou ao vivo do autor no lançamento do livro em NY – o interessantíssimo e indesgrudável “The Girl From Wudang”, do meu amigo (anos sem ver, se falando muito casualmente, o que é uma pena …) PJ Pereira, cujo subtítulo prenuncia com precisão do que se trata a obra: “A novel about Artificial Intelligence, Martial Arts and Immortality”.

A aparentemente improvável composição de três temas tão diversos entre si torna-se envolventemente plausível, até se tornar inebriante, já nas primeiras páginas. Aí a gente fica torcendo para o dia de trabalho terminar logo, para retomar a leitura. Um vício literário que os bons livros nos adictam.

Estou no meio. E, claro, recomendo que você leia.

Não vou dar spoiler, mas não resisto revelar alguns trechos, para pensarmos um pouquinho sobre certas coisas (inevitáveis) ligadas ao nosso futuro.

Antes de tudo, impressionante o volume de leituras que o PJ fez para conhecer o que conhece de AI. (Ele conhece muito também de artes marciais, mas fica evidente que seu conhecimento, particularmente de Kung-Fu, vem de quem pratica … e leu um monte sobre também).

Vou spoilar algumas citações de rodapé, que compõem praticamente uma obra científica à parte, correndo paralela à obra de ficção. A partir delas, vou supor alguns futuros.

A primeira: “During the 2019 Em Tech, a future of technology event in San Francisco, (onde o PJ mora a décadas), organized by MIT’s Technology Review, video game maker Nvidia showed how Generative Adversarial Networks are being used in gaming to automatically generate realistic images that require no human supervision. They recently published a paper on that subject called “Progressive Growing of GANs for Improved Quality, Stability, and Variation – Karras, T., Aila, T., Laine, S. Lehtinen, J. – April 30, 2018 Published” during the Sixth International Conference on Learning Representations in 2018.

Alguns “presta atenção” aqui.

Primeiro, o PJ concluiu seu livro, depois de 5 anos escrevendo, em 2021. Antes, portanto, do boom da Generative AI provocada pelo lançamento do Chat GPT agora em 2023. O estudo da Nvidia é de 2018, quando, já então, portanto, a AI Generativa já conseguia fazer atividades digitais autônomas, sem assistência humana. Faz as contas: há 5 anos.

A provocação é: imagine nos próximos 2 anos.

Tenha em mente o seguinte… qualquer projeção para mais de 2 anos hoje não faz o menor sentido, porque entramos na Era da Aceleração Exponencial e cada ano passa a equivaler a uma década dos anos anteriores.

O outro presta atenção é a palavra “realistic”. Estou certo de que o “realistic” de 2018 era diferente do de hoje. Mas de novo … imagine o “realistic” de daqui a 2 anos.

Mudando o tema, mas sempre olhando o futuro, cito outra nota de rodapé do livro, que destaca uma reportagem da publicação médica especializada MedPage Today: “AI passes U.S.Medical Licensing Exam”.

Li o artigo. Começa assim: “Two artificial intelligence (AI) programs — including ChatGPT – have passed the U.S. Medical Licensing Examination (USMLE), according to two recent papers.”

Inteligência Artificial passar em teste de medicina é de cair o queixo, certo? É verdade que o laudo de aprovação vinha com um alerta de que o ChatGPT entregava, na época, “mixed results”.

Meu chute sobre o futuro desse tema: os “results” deixarão de ser “mixed”. Em outras citações, o PJ fala também sobre isso. A evolução rumo a padrões humanos ou superiores será inevitável.

Em outra citação, temos um artigo de 2019 (repetindo … 2019): “Elon Musk’s Neuralink Says It’s Ready for Brain Surgery”. Imagine hoje.

Não vou seguir mais adiante com as citações (e olha que nem entrei no tema dos humanos que não vão mais morrer, subtítulo da obra e também presente no livro).

Essa área de bio-AI-nanorobotics já é, e será cada vez mais, não menos do que impressionante. E uma das responsáveis pelos avanços mais assustadores, muito possivelmente.

Assisti uma série (bem média, mas fui até o fim, chamada xxxx), que além de prever com absurda precisão a epidemia da COVID-19, com requintes de detalhes, tem como plot central a vinda de humanos do futuro para o século XXI, controlados todos por uma AI centralizada, trazendo consigo esses micros robozinhos, que curam um monte de doenças hoje incuráveis. Os autores da série não podem ter lido o mesmo artigo citado pelo PJ, porque a série foi gravada antes, mas leram em algum lugar. O fato e o alerta aqui, de novo, é o futuro inevitável: vai rolar.

Nano-bio-robôs, feitos de matéria orgânica, serão usados na medicina para curar, como na série, doenças hoje incuráveis.

A garota de Wudang tem coisas muito interessantes a nos dizer sobre esse assunto.

Da minha parte, fiz uma pesquisinha rápida sobre o assunto, que me fascina e me assusta em graus absolutamente iguais. E encontrei coisas como: “Not bot, not beast: Scientists create first ever living, programmable organism”, da revista Phys, publicado em 2020.

Robôs com células vivas. Programáveis. A realidade imitando a ficção (ou será que misturou tudo)?

Mais uma: “How nano robots will change medicine forever”, um video no You Tube do ano passado, do Dr. Ben Miles, um médico pesquisador que fala muito sobre o tema e que você pode conhecer melhor aqui. Sendo que o expert em bio-nanos-AI driven do video que citei acima é o Dr. Joe Healey, cujo site é este aqui.

Na real, é um assunto sem fim. Sem fim por dois motivos: 1) tem muita coisa pra ver; 2) apenas começou.

Wǒ yào dǎpò zhè zhěnggè gāisǐ de dōngxī”, gritaria irada YinYin.

(*) Para quem, infelizmente, possa desconhecer o PJ, que para nós brasileiros é o PJ Pereira e para os norte-americanos é o PJ Caldas, ele é e foi muitas coisas, por isso listei os links abaixo, para você conhecê-lo melhor. Sumariamente, destaco que foi o primeiro ganhador de um prêmio de publicidade digital do Brasil em Cannes, em 2000, na categoria que então se chamava Cyber; foi um dos mais destacados criativos da nova era, pós internet, do País; além de ser ganhador também do Emmy Internacional, com The Beauty Inside, na categoria “Outstanding New Approach to Original Daytime Program or Series”.

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