21 de setembro de 2022 - 6h00

(crédito: PST Vector/shutterstock)

Tem muito investidor considerando o Bitcoin e demais criptomoedas para a sua carteira de investimentos de longo prazo, mas será que está no radar deles o risco potencial da quebra da criptografia pela computação quântica ?
Essa pergunta foi feita a muitos especialistas no assunto , no entanto, nenhuma respostas conclusiva. Esse tema é um fantasma que assombra a todos. Até porque ninguém sabe o tamanho da ameaça, que pode afetar o mercado como um todo, governos e instituições financeiras.

Existem hipóteses de que os computadores quânticos poderão quebrar grande parte da criptografia de hoje. E isso inclui o algoritmo de assinatura do Bitcoin e outras criptomoedas. Aproximadamente, um quarto do Bitcoin (US$ 168 bilhões) em circulação em 2022 é vulnerável a ataques quânticos, de acordo com um estudo da Deloitte.
Especialistas em segurança cibernética têm liderado um estudo de vulnerabilidade do Bitcoin. Os estudos mostram que, se 4 milhões moedas forem roubadas dessa maneira, a confiança no sistema será perdida e o valor do Bitcoin provavelmente chegará a zero.

Imaginem este cenário catastrófico. O mercado de criptomoedas de hoje está avaliado em aproximadamente US$ 3 trilhões e o Bitcoin atingiu uma alta histórica de mais de US$ 65 mil por moeda em 2021. Isso torna a criptomoeda a classe de ativos de melhor desempenho dos últimos dez anos.

A maior fraqueza da segurança cibernética do Bitcoin está nas chaves públicas. Os riscos maiores se referem a endereços que já foram usados uma vez e que se tornaram visíveis. Existem 4 milhões desses endereços. Em teoria, eles podem ser hackeados por um computador quântico grande o suficiente para derivar a chave privada correspondente para desbloquear e transferir o valor para outro endereço. Isso é conhecido como um ataque de armazenamento.

O segundo tipo é um ataque de transferência que atinge transações de Bitcoin em trânsito. Neste caso, todas as transações são vulneráveis.

Não é tarde demais para tentar se chegar a uma solução. Esperar até o último momento pode ser tarde demais. Normalmente, a vacina vem depois do vírus. Uma possível forma de tentarmos minimizar este risco é um intercâmbio de conhecimento, colaboração e transparência dos dois mundos (criptomoedas e da computação quântica). Mesmo assim é uma estratégia 100% garantida, não , pois se os meandros desta nova computação chegar na mão de criminosos e terroristas virtuais escondidos em algum banker do planeta , o estrago pode ser grande.

Como sempre, os cronogramas em torno da larga escala da computação quântica parecem ser ainda vagos. Talvez a visão deste fantasma represente um bom alerta para nos prepararmos e evitarmos uma nova grande depressão mundial. Isso ninguém quer, exceto os cyber-criminosos