A receita para fazer um bom filme
Após trabalhar com fotografia cinematográfica, Rodrigo Tavares, diretor de cena da Trio, dedica-se a filmes de alimentos
Após trabalhar com fotografia cinematográfica, Rodrigo Tavares, diretor de cena da Trio, dedica-se a filmes de alimentos
Meio & Mensagem
6 de outubro de 2014 - 8h08
Por Amanda Boucault
Comida: cuscuz de cordeiro
Hobby: pilotar moto
Livro: American Cinematographer Manual (A S C Holding Corp)
Banda: Bad Religion
Viagem: Portugal
Formado em publicidade e propaganda pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Rodrigo Tavares sempre interessou-se por cinema. Embora nutrisse paixão por tudo o que envolve o universo da sétima arte, o atual diretor de cena da Trio nunca imaginou que os alimentos o levariam a conhecer um lado pouco explorado da área: o trabalho com produtos culinários. A escolha dos alimentos como personagens principais mostra que o mercado publicitário tem ampliado o foco no segmento. “Os comerciais não são mais apenas destinados à dona de casa. A comida ganhou um glamour depois dessa onda (de chefs como) Alex Atala e Helena Rizzo”, brinca.
A carreira, que soma 22 anos, começou com um estágio no design da DPZ. Em 1994, entrou para a JWT. O reconhecimento pela campanha para Philadelphia Light, que conquistou Bronze no Anuário de Propaganda, permitiu ao publicitário ser promovido a diretor de arte da agência. Em 1999, ingressou como diretor de arte sênior na Touché. Dois anos depois, aceitou o convite de Marcelo Galvão, com quem trabalhou na JWT, para abrir a produtora Gatacine. A parceria resultou nos filmes Quarta B (2005), ganhador da 29a Mostra Internacional de São Paulo; Rinha (2009); Bellini e o Demônio (2008); Colegas (2013); e o documentário Lado B, Como Fazer um Longa sem Grana no Brasil (2007). Determinado a dedicar-se a projetos além da parte fotográfica, Tavares deixou a produtora em 2011 e foi trabalhar como diretor de cena freelancer de filmes de produto. O portfólio reúne trabalhos para Net, Buscapé, Eletrolux, Azeite Gallo, Petybon, Cacau Brasil e Camil. Os três últimos, inclusive, destinados a marcas de alimentos, despertaram o interesse do publicitário pelo setor. “Percebi que tinha técnica, paciência e gosto para comida e decidi me especializar”, conta Tavares.
Em 2013, ingressou na Trio e, desde então, dedica-se à arte de trabalhar com esse universo que exige planejamento, método, equipe e tempo, principalmente. “Não pode haver pressa senão o arroz vira papa”, diverte-se.
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