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Do vinil aos grandes concertos abertos

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Do vinil aos grandes concertos abertos

Lu Araújo, do Festival Mimo, conta como a música sempre acompanhou a sua vida e recorda a origem de um dos eventos culturais mais importantes do País


19 de maio de 2014 - 8h08

Por Teresa Levin

Diretor: Woody Allen
Filme: Manhattan (Woody Allen)
Livro: A Doença da Morte (Marguerite Duras)
Música: Palhaço (Egberto Gismonti)
App: AccuRadio, rádio de internet que oferece 900 canais de música com mais de 50 gêneros diferentes: do rock ao pop, do jazz a world music, do clássico ao eletrônico

A música chegou à vida de Lu Araújo na loja de discos de seu pai, quando ainda vendia-se vinil. Aos 13 anos, ajudava no negócio. Aos 18, decidiu abrir sua própria loja, com foco em música independente. “Comecei a ter contato com a música instrumental, basicamente independente, que não tinha espaço nas grandes gravadoras”, lembra-se. Apaixonou-se pelo gênero e, ao perceber a dificuldade dos artistas em lançar discos e viajar pelo País, decidiu atuar na área. “Quando percebi, estava envolvida com a produção. Existia muito talento, mas havia escassez de pessoas que criassem alternativas”, recorda.

A primeira pessoa com quem trabalhou foi o artista nordestino Elomar, que a levou a viajar pelo Brasil e ao exterior. Dessa experiência, veio a coragem para montar em 1992 a Lume Arte Marketing Cultural. Entre outros artistas, gerenciou as carreiras de João Nogueira, Elza Soares, Paulo Moura e Galo Preto, para depois atuar com nomes pop como Zeca Baleiro. Ao final da década de 1990, deu outra guinada. “Era um trabalho muito árduo e desgastante e, normalmente, quando os artistas aconteciam, as produtoras pintavam e eu era distanciada”, comenta.

Essa mudança a levou à criação de projetos próprios. “Criei uma incubadora e abri mão de algo em que era bem-sucedida para ir atrás de meus objetivos”, afirma. Um dos primeiros eventos foi Música nas Estrelas, de música clássica e instrumental, que nasceu em 2002 e seguiu até o final da década, no Rio de Janeiro. “Começava a desenhar-se o Mimo, com a possibilidade de usar espaços pouco tradicionais para realizar concertos”, conta. O festival começou em Olinda, em 2004, com cinco concertos e foco na música plural.

E depois esse festival ficou grande. Até Lu encontrar o empresário Luiz Calainho. “Ele quis saber como eu queria crescer e, após várias reuniões, estabelecemos uma sociedade.” Calainho, diz, trouxe algumas possibilidades ao evento que já era consolidado. “Ele tem o amor pela música e um olhar de mercado.” Foi quando surgiu o Movimento Mimo, que promove uma série de ações. O festival também cresceu e chegou a Paraty — além de Olinda (Pernambuco) e Ouro Preto (Minas Gerais), onde já acontecia. “Queremos trazer artistas consagrados de várias partes do mundo. E tudo isso de graça”, afirma.

 

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