Duas linguagens, uma expressão
Daniel Klajmic, diretor de cena da Prodigo Films, conta como migrou da fotografia para o vídeo sem perder as características das diferentes artes
Daniel Klajmic, diretor de cena da Prodigo Films, conta como migrou da fotografia para o vídeo sem perder as características das diferentes artes
Meio & Mensagem
3 de novembro de 2014 - 8h05
Por Rúvila Avelino
Diretor: Clube de Compras Dallas (Jean-Marc Vallée)
Série: The Knick (Max/HBO)
Livro: Kind of Blue (Ashley Kahn)
Música: banda Gov’t Mule
Viagem: Big Sur, Califórnia (EUA)
Daniel Klajmic tocava guitarra e queria ser músico, mas, após uma crise existencial, entrou na faculdade de comunicação na PUC-RJ. Dentre as áreas estudadas, a fotografia foi a que mais despertou seu interesse por descobrir que poderia expressar-se, pelas fotos, da mesma maneira que poderia externar suas emoções e sentimentos por meio da música.
Ao perceber que fotografia era a área que mais o atraía, foi trabalhar como assistente de Luiz Garrido, na Casa da Foto. Foi a “faculdade intensiva de foto, uma escola”. Permaneceu como assistente no estúdio por três anos e passou a assinar os próprios trabalhos, com o foco direcionado para moda, principalmente para marcas e revistas.
Por conta de seu portfólio, foi convidado para fotografar uma campanha internacional para a Max Factor. Passou um ano e meio no exterior.
Ao retornar ao Brasil, Klajmic estabeleceu-se em São Paulo e passou a dedicar-se mais à publicidade. Participou, como fotógrafo, de campanhas de agências como DM9DDB, Africa, Talent e WMcCann, por meio de seu estúdio de fotografia, o Deluxe.
A carreira na fotografia publicitária foi marcada por algumas características como a busca por simplicidade e beleza com substância, levadas para o seu tipo favorito de imagem, o retrato. Santander, L’Oréal, Unilever e Fleury são alguns dos clientes que fazem parte desse trabalho.
Há um ano, tornou-se diretor de cena da produtora Prodigo Films. E levou, na bagagem, toda a experiência da fotografia para o vídeo. “A estética e jeito de contar a história são bem próprios da minha experiência prévia”, conta. Apesar das diferenças de linguagem, Klajmic afirma que a sua forma de lidar com os atores é praticamente a mesma.
O intenso trabalho com pessoas diferentes é algo que inspira Klajmic a trabalhar para que cada ponto de vista engrandeça seus projetos. “As pessoas me inspiram muito. Busco pessoas interessantes que trazem algo a mais para a peça”, conta.
O reconhecimento mais importante para a carreira de Klajmic veio em 2004. Três fotos dele foram escolhidas para integrar o acervo do Museu de Arte de São Paulo (Masp) na Coleção Pirelli. Na época, foi o artista mais jovem a ter esse destaque.
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