Meio & Mensagem
24 de junho de 2013 - 12h38
Por Janaina Langsdorff
O objetivo principal de uma loja é vender ou gerar experiência? Há não muito tempo tal pergunta nem faria sentido para um varejista. Hoje, porém, empresas líderes em seus segmentos destinam polpudos investimentos para transformar ambientes em verdadeiros templos das marcas, cujo maior indicador de sucesso não está mais no faturamento por metro quadrado. Nesses espaço-conceito, interação, empatia, conexão e proximidade com o consumidor contam mais do que as vendas para se medir o retorno dos aportes.
Entrar no PDV e não enxergar o caixa já é uma realidade nas lojas Apple, parâmetro de valor e interação de marca cobiçado por varejistas de todo o mundo. A rede de artigos esportivos centauro acaba de inaugurar uma unidade, no Rio de Janeiro, toda concebida para a prestação de serviços e a customização de produtos, com direito à oficina para bicicletas. E em Londres, a construção de um “centro global de marcas” foi aprovada e, com previsão de abertura em 2017, reunirá até 24 flagships de companhias de ponta: os espaços servirão para o engajamento das marcas com o consumidor, que conhecerá e testará novos produtos, mas finalizará a compra online.
A revolução mundial vivida hoje pelo setor leva à reflexão sobre o futuro do varejo: ponto de venda ou showroom? Conversão ou relacionamento? A tendência do omnichannel serve para todas as categorias? Como ficam os comércios populares? A transição já está em curso e instiga especialistas, designers e varejistas a encontrar soluções que fortaleçam a marca e impulsionem os lucros – sem se esquecer de que o sorriso no rosto ainda é o melhor caminho para medir a satisfação do cliente.
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