Negócio da China
Com 26 anos de carreira, o designer gráfico Bruno Porto registra uma década com trabalhos voltados ao mercado chinês
Com 26 anos de carreira, o designer gráfico Bruno Porto registra uma década com trabalhos voltados ao mercado chinês
Meio & Mensagem
24 de novembro de 2014 - 8h07
Por Amanda Boucault
Autores: Gustavo Piqueira e J.D. Salinger
Filme: O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola)
Viagem: Japão
Comida: quindim
Quando menino, Bruno Porto vivia com um lápis na mão. A arquitetura, paixão do pai, inspirou o filho, mas não o limitou. Em vez de prédios, o designer gráfico criava super-heróis que escalavam as paredes dos edifícios. A paixão por contar histórias visuais direcionou sua carreira, que já soma 26 anos, dos quais uma década é voltada para o mercado chinês. “Eles têm um design próprio para produtos, mas, quando saem da cultura, atrapalham-se. Por isso, há cópias. Não por picaretagem, apenas porque veem como funciona e replicam”, explica.
Antes de transformar seu trabalho num negócio da China, Porto começou como estagiário, aos 17 anos, na Modonovo Design, no Rio de Janeiro. Em 1991, enquanto fazia a Faculdade da Cidade, ingressou no departamento de comunicação visual da Universidade Cândido Mendes. Depois da graduação, estudou design tipográfico na School of Visual Arts, em Nova York. De volta ao Brasil, fundou a Porto+Martinez. Focada em identidade visual para o mercado editorial e cultural, a agência realizou trabalhos para Record, Sextante, Casa da Palavra e Rocco.
Paralelamente ao trabalho na Porto+Martinez e à docência de aulas na Faculdade da Cidade, o profissional foi convidado para dar aula no Raffles Design Institute em Xangai, na China, onde permaneceu por seis anos. No país asiático, também fez consultoria para agências de design. Quando retornou ao Brasil, assumiu a coordenação da Bienal de Tipografia Latino-Americana, a curadoria da 10a Bienal Brasileira de Design Gráfico e a coordenação do curso de design gráfico do Centro Universitário IESB.
A trajetória também foi marcada pela criação de inúmeras capas de livros, além de duas obras próprias: Asian Graphics Now! e Vende-se Design, um manual de montagem de portfólio para criativos. “O mundo é um livro e, aqueles que não viajam, leem somente uma página”, diz Porto, em citação à frase de Santo Agostinho, uma das premissas de suas criações.
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