Meio & Mensagem
10 de outubro de 2012 - 2h09
Por Jonas Furtado
A Microsoft virou alvo de alguns dos maiores anunciantes do mundo, durante a Advertising Week, realizada na semana passada, em Nova York (EUA). Em uma carta assinada pelos executivos-chefes de marketing de gigantes como Procter & Gamble, Walmart, Coca-Cola e Unilever, a Associação Nacional dos Anunciantes do país reclamou da inclusão da opção “do not track” na próxima versão default do Internet Explorer.
De acordo com as empresas, a medida, que permitirá aos usuários do browser bloquear a coleta de seus dados durante a navegação na internet, “prejudicará drasticamente a experiência online (dos usuários) ao reduzir as ofertas e os conteúdos para internet que são gerados por suporte publicitário”.
O debate não está em alta apenas nos Estados Unidos e tampouco se restringe ao ambiente virtual. Em setembro, Porto Alegre (RS) recebeu o seminário Neurociência, Gestão e Sociedade: Perspectivas Práticas e Limites Éticos. Já a revista Galileu destacou em sua capa as técnicas de indústria e varejo para melhorar a rentabilidade de seus produtos e lojas por meio da compreensão dos hábitos do consumidor.
Informações sobre as preferências dos consumidores estão à disposição nas redes sociais e em cadastros de lojas. Mas as predileções dos clientes também são verificadas por meio de observação oculta no ponto de venda. Ou por medições consentidas de ondas cerebrais, na aplicação da neurociência para o desenvolvimento de estratégias de comunicação, produtos e serviços mais eficientes.
“No Mercosul, o Brasil é o único país a não dispor de uma legislação específica para a proteção de dados pessoais. Todavia, a Constituição Federal garante como direito fundamental a proteção à privacidade. Da mesma forma, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que, para que os dados sejam coletados, armazenados e utilizados, deve haver autorização expressa do consumidor”, afirma a advogada Gisele Friso Gaspar, especialista em direto do consumidor.
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