SXSW 2023: IA no centro das conversas
Durante esses cinco dias, pude acompanhar diversas palestras, keynotes, ativações e o que mais chama a atenção é o fato de que a IA está presente em todas elas
Durante esses cinco dias, pude acompanhar diversas palestras, keynotes, ativações e o que mais chama a atenção é o fato de que a IA está presente em todas elas
14 de março de 2023 - 15h28
Crédito: Shutterstock
Chegamos ao quinto dia do SXSW, em que o festival Interactive vai chegando ao fim e abrindo espaço para o festival de cinema e música. Nas ruas de Austin, a paisagem muda com a diversidade de estilos das pessoas. Durante esses cinco dias, pude acompanhar diversas palestras, keynotes, ativações e o que mais chama a atenção é o fato de que a IA está presente em todas elas.
No centro de convenções, a visão otimista da palestra de John Maeda, VP de design e AI da Microsoft, é muito comentada. Usando uma metáfora de Marie Kondo, ele deixa claro que a IA é perfeita para tarefas que não nos trazem alegria, como atividades mais mecânicas, tais como separar comentários positivos ou negativos nas redes sociais e organizar calendários, entre outras. Isso nos deixa livres para atividades que nos trazem alegria, tais como tomar decisões, estratégias criativas e falar com pessoas.
A duas quadras dali, no Hotel Fairmont, há um andar inteiro dedicado aos jogos. Acompanho o keynote: The future of Play: New platforms, Games and Tech. Paul Bettner, co-fundador da Wildcard Alliance, uma desenvolvedora de jogos, fala sobre o impacto que a IA trará para o desenvolvimento dos jogos. Agora, basta subir uma imagem de um personagem de jogo em uma IA generativa e dar o comando para criar outros personagens parecidos ou da mesma espécie. O diálogo entre os personagens pode ser escrito pelo Chat GPT. Enfim, a quantidade de tempo que vão ganhar e o acesso que essas IAs vão promover será irreversível.
No dia seguinte, volto ao centro de convenções para ver o keynote: Is Elvis back from the Dead? Ethical AI in Music. Hazel Savage, VP de music intelligence da Soundcloud, conta o caso do ator Val Kilmer. Ele teve um câncer que fez sua voz desaparecer. Com a ajuda de uma IA, criaram um banco de vozes para que ele pudesse atuar usando uma voz gerada pela IA. Adam Fine, Head of Audio & Music do Fiverr, conta como ele usa uma IA para transformar seu beatbox em uma trilha de bateria. Fico imaginando quando poderei gravar uma música no GarageBand e pedir para uma IA fazer uma mixagem master. Seria incrível!
Vou para o Pavilhão central ver um keynote chamado Generative AI: Where Creative and Tech Innovation meet. Meghan Schoen, Chief Product Officer da Shutterstock, apresenta a IA da Shutterstock para gerar imagens usando todo o catálogo do banco de fotos e imagens. Ela conta que a Shutterstock fez um fundo onde destina os ganhos das vendas das imagens geradas pela IA para dividir entre os colaboradores e fotógrafos que alimentam a base da Shutterstock. É ético e pró-inovação.
Independente do assunto principal da palestra ou keynote, IA estava sempre presente e normalmente gerava discussões. Concordo com a visão otimista do John Maeda, ao invés de focarmos nos pontos negativos e éticos, deveríamos focar nos benefícios que essas ferramentas trazem e nos tornar especialistas em como usá-las.
É isso que buscamos na Ampfy e que levo para minha vida profissional.
Este texto foi escrito em parceria com o Chat GPT.
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