Cinemas e distribuidoras adotam selo para filmes igualitários
O selo reconhece os filmes que passam no Teste de Bechdel, e já teve adesão de marcas como Ello Company, Fênix, Imovision, Pandora e Vitrine
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Tornar um personagem complexo e interessante ao olhar do espectador é uma das tarefas mais difíceis para o audiovisual. Quando as narrativas trazem personagens mulheres, as representações são muitas vezes estereotipadas. Para reconhecer filmes com narrativas mais igualitárias, as distribuidoras Ello Company, Fênix, Imovision, Pandora e Vitrine, bem como os cinemas Caixa Belas Artes, Espaço Itaú de Cinema e Reserva Cultural, adotaram o selo A-rate, dado a filmes que passam no teste de Bechdel-Wallace. O Brasil é o primeiro país da América Latina a aderir o selo, que já é utilizado em mais de 10 países.
O teste foi criado em 1985 pela ilustradora e quadrinista Alison Bechdel, e consiste em três perguntas que demonstram o protagonismo feminino de um filme: o filme tem pelo menos duas mulheres? elas possuem nome próprio?; essas mulheres conversam entre si?; Conversam sobre assuntos que não sejam homens ou relacionamentos amorosos?. Se para alguma destas perguntas a resposta foi “não”, o filme não passa no teste.
As iniciativa foi anunciada no Seminário Internacional Mulheres em Foco no Audiovisual, realizado no dia 5 em São Paulo, que teve a presença da sueca Ellen Tejle, criadora do selo A-rate.
O selo foi resgatado mundialmente em 2013, quando a discussão sobre as mulheres no audiovisual voltou à tona. Um estudo da New York Film Academy divulgado no mesmo ano analisou os 500 filmes mais vistos entre 2007 e 2012, e constatou que apenas 30% das personagens que falam nos filmes são mulheres. Ainda, apenas 10% deles tiveram um casting balanceado, onde metade dos personagens eram homens e metade mulheres. Em quase 30% deles, mulheres eram retratadas em cenas de nudez.
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