Mercado quer agências de PR mais criativas
Terceira edição do estudo bienal PR Scope coloca criatividade e inovação como principal combo de desejo dos profissionais do mercado
Terceira edição do estudo bienal PR Scope coloca criatividade e inovação como principal combo de desejo dos profissionais do mercado
Isabella Lessa
22 de agosto de 2017 - 16h44
Há dois anos, a falta de atenção encabeçava a lista de justificativas para a troca de agências de PR. Hoje, porém, a principal demanda de executivos de marcas e agências a suas parceiras de PR é a capacidade de exercer bem a criatividade e a inovação.
De acordo com a terceira edição da pesquisa bienal PR Scope, também motivam a busca por outras agências de PR a falta de atendimento, em segundo lugar, e, empatados em terceiro lugar, constam a equipe de profissionais e o planejamento estratégico. No total, foram ouvidos 319 profissionais do mercado.
A cobrança por criatividade e inovação está muito atrelada ao desconhecimento dessas empresas no digital, observa Paula Ribeiro, diretora de estudos no Brasil, . “Esse desafio está bastante associado às novas formas de se fazer comunicação. É difícil tangibilizar o PR usando o meio digital, pois essas agências têm que defender verbas para a comunicação de marca delas. Porém, entrar no digital facilitaria muito a encontrarem a mensagem que querem passar”, coementa.
Para Kiki Moretti, CEO do Grupo In Press – e apontada como profissional mais admirada nesta disciplina pelo segundo ano consecutivo, com 31 menções – esse ponto é do estudo que mais chama a atenção, por seu ineditismo. “Não se trata necessariamente da ideia criativa em si, mas da solução”, comenta.No que diz respeito à divisão orçamentária, o off-line permanece sendo a área que recebe o maior aporte de verbas. O digital, porém, aumentou em 17 pontos percentuais em relação a 2015, passando a receber 38% do investimento em comunicação. Segundo o levantamento, seis em cada entrevistados afirmam que o departamento de compras está envolvido no processo de negociação com a agência: 75% informam que a área de procurement se envolve no processo desde o início e 25% atestam que o departamento somente intervém na negociação ou no contrato. “Procurement também vem ganhando importância dentro dos processos de negociação com as agências de PR. É uma área que vem conseguindo entender cada vez mais que os serviços de uma agência como – criatividade, planejamento e atendimento – são muito mais importantes e complexos do que negociar canetas por exemplo”, afirma Paula.
Segue inalterado o ínfimo montante de 0,04% do total de vendas anuais do cliente destinados ao setor. Apesar de ter se mantido estável, é um índice que pode tornar-se mais expressivo por meio da composição do budget, observa Kiki. “O investimento precisa crescer. As empresas têm que começar a mudar a forma como pedem esse budget, como fazem orçamento da área”, afirma.
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