Novo ajuste no News Feed do Facebook impacta anúncios e notícias falsas

Karina Balan Julio
10 de maio de 2017 - 15h17

O Facebook anunciou nesta quarta-feira, 10, sua nova iniciativa para se livrar de conteúdo sensacionalista e enganador. A companhia anunciou em seu blog que tem ajustado seus algoritmos do News Feed para ranquear “experiências de baixa qualidade nas webpages”, o que pode significar um esforço para driblar matérias falsas, clickbaits virais e outros conteúdos colocados no Facebook por sites third-party que tenham interesses puramente econômicos. A companhia afirmou que as mudanças serão desenroladas para os usuários nos próximos meses.

Foto: Reprodução

Os novos ajustes dizem respeito aos anúncios que os usuários possam ver e aos posts e links publicados manualmente por páginas e usuários. “Nós temos tido uma política de prevenir anúncios de anunciantes que apresentem experiências de baixa qualidade, desde o ano passado. Agora, estamos aumentando reforçando a atenção sobre isso e também levando em consideração os posts orgânicos do News Feed, disseram Jiun-Ren Lin e Shengbo Guo, pesquisadores do Facebook, no post de divulgação. 

A empresa disse que construiu uma base de dados de milhares de páginas ligadas à plataforma que “contêm pouco conteúdo significativo e têm uma quantidade enorme de anúncios maliciosos, disruptivos ou chocantes”. Ainda, um sistema de inteligência artificial poderá escanear novos links compartilhados que tenham ligação com os critérios estabelecidos, o que pode barrar publicações de sites com conteúdo considerado adulto, chocante e até anúncios.

Em comunicado, o Facebook disse que anunciantes que não têm o histórico de oferecer links para conteúdos de baixa qualidade podem perceber um pequeno aumento no tráfego, enquanto o oposto pode enfrentar um declínio na audiência. “Assim, o impacto vai variar de acordo com os editores, e as páginas devem continuar a publicar histórias que seu público vai gostar e se identificar”, diz o comunicado.

“Se determinarmos que um post pode estar ligado a estas páginas de baixa qualidade, ele pode aparecer muito mais para baixo no feed das pessoas e pode não ser elegível para ser um anúncio que apareça no topo. Desta forma, as pessoas verão menos posts enganosos e mais posts informativos”, explicaram os pesquisadores.