Transmissão de futebol ao vivo no digital é o gol da rodada

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Opinião

Transmissão de futebol ao vivo no digital é o gol da rodada

Mercado está aquecido e, de acordo com os resultados, promete continuar em relevância


14 de agosto de 2023 - 8h43

(Crédito: T A-McKay-Shutterstock)

Em tempos de Copa do Mundo Feminina e saída precoce do Brasil na competição, as transmissões seguem seu ritmo normal (apesar da redução nas audiências) e, cada vez mais, mostram que vieram para ficar. Acho importante a gente relembrar que desde a pandemia, os direitos começaram a ser descentralizados e deixaram de ser exclusivos das emissoras de TV.  

As plataformas de streaming chegaram adquirindo direitos de transmissão, uma vez que viram valor em trazer assinantes interessados nos campeonatos para dentro de suas plataformas, antes somente com filmes e séries.

Depois, criadores chegaram com suas marcas de conteúdo e seus canais de Youtube/ Twitch, realizando transmissões que se conectam de forma muito mais genuína com a audiência, trazendo interações diferenciadas, agregando valor e gerando conexões diretas entre a comunidade e as marcas. Desimpedidos, marca de conteúdo da NWB, abriu essa porta com Brasileirão Feminino em 2021, Passa a Bola continuou com Paulistão Feminino em 2022 e o Cazé, na sua CAZÉ TV, conseguiu transmitir a Copa do Mundo do Catar, em 2022, em função da redução de aporte financeiro das emissoras e do lançamento da plataforma Fifa+., e teve uma continuidade com a Copa do Mundo Feminina nesse ano. 

Tudo bem, muito legal, mas com a velocidade que o mundo acontece, isso não é mais novo, né? Então, como será o desenrolar dessa história?

Esse mercado está em constante evolução e deve passar por mudanças significativas ao longo dos próximos anos e pode nos trazer novas tecnologias e grandes mudanças. A começar pela questão da descentralização dos direitos de transmissões de futebol. A disputa pelos direitos deve continuar acirrada, mas plataformas de streaming, plataformas de redes sociais, criadores de conteúdo e as empresas de mídia tradicional seguem investindo e buscando direitos para explorar, e o interessante é que agora tem direitos de campeonatos americanos e até árabes na jogada. isso vai trazer uma diversificação de opções de transmissão e uma melhoria na experiência do usuário.  

Outro ponto interessante é que a realidade virtual e a realidade aumentada podem proporcionar uma experiência imersiva para os espectadores permitindo que se sintam como se estivessem dentro do estádios e ir além oferecendo entregas de experiência a comunidade que não seriam possíveis no mundo real. Isso também pode ampliar a oferta comercial e trazer novos formatos de alcance e engajamento. 

Além disso, uma oportunidade é explorar as comunidades nesse ambiente virtual, já que a torcida é o grande diferencial nos estádios, também será o ponto chave para as transmissões. Veja bem, se um canal de YouTube que transmite um campeonato  ao vivo criar espaços de tela paralela em grupos de Telegram, Discord ou plataformas de conversa para gerar proximidade e debate com esse público, a possibilidade de inserção de marcas aumenta e viabiliza novas frentes comerciais além dos 90 minutos e a cobertura pré e pós jogo que já vem acontecendo.

Esse é um mercado aquecido e que, de acordo com os resultados, promete continuar em relevância. Mas por quanto tempo ou em qual formato e modelo, ainda descobriremos nos próximos meses ou anos. Uma coisa é certa, quem estiver no timing e souber aproveitar o passe, fará goleadas. 

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