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Brexit choca indústria publicitária

Em Cannes, representantes britânicos do setor expressam decepção e preveem incertezas no futuro


24 de junho de 2016 - 12h06

(*) Do AdAge

Na manhã de sexta-feira, Martin Sorrell estava concedendo duas entrevistas ao mesmo tempo em Cannes quando soube, por meio do Skype com a Sky TV, que o primeiro ministro britânico David Cameron anunciou sua saída após a votação chocante que confirmou a saída do Reino Unido da União Europeia. “Isso aumenta ainda mais a incerteza”, afirmou o CEO do WPP, que disse ter estendido sua bandeira pessoal para a permanência.

“No curto prazo, o WPP pode acabar se beneficiando da variação de mercado”, afirmou Sorrell. Ele ainda acrescentou que 90% da receita do grupo vem de fora do Reino Unido. Porém, a incerteza “não é boa para os clientes”, afirmou. O executivo ainda acrescentou que “no longo prazo a Grã-Bretanha irá sofrer”.

A indústria publicitária britânica, que estava predominantemente a favor da permanência no bloco, fez grandes campanhas a favor da causa, porém na última quinta-feira, 23, 52% dos eleitores votaram para a saída. O primeiro-ministro, que fez campanha pela permanência, renunciou ao cargo e disse que o país encara tempos de incerteza.

Durante a semana no Festival de Cannes, britânicos que, em sua grande maioria, se abstiveram da votação antes de irem para a Riviera Francesa, opinaram que o placar seria próximo, mas que o país não sairia do bloco. Muitos participantes do festival, depois de sofrerem com a fatiga do fim do evento, ficaram chocados quando acordaram e souberam das notícias vindas da Inglaterra.

O presidente da Fenez Media Marcel Fenez, que estava em uma reunião no lobby do hotel Majestic, na manhã desta sexta-feira, classificou o resultado como “desastroso” e afirmou que “podem ter muitos arrependimentos do resultado”. Isso já pode estar acontecendo no Reino Unido. A U.K. TV entrevistou alguns eleitores que estavam horrorizados com o resultado, já que, apesar de terem votado pela saída como uma forma de protesto, acreditavam que a maioria votaria pela permanência na Europa.

Tradução: Mariana Stocco

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