Pontos cruciais apresentados no CES

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Pontos cruciais apresentados no CES

Se você não esteve em Las Vegas, veja cinco tópicos importantes que você não deve ignorar


14 de janeiro de 2016 - 9h20

(*) Por Maureen Morrison e George Slefo, do Ad Age

O novo ano começou mais uma vez com o Consumer Electronics Show (conhecido pela sigla CES), em que mais de 200 mil participantes foram até Las Vegas para caminhar pelos mais de 700 mil metros quadrados do espaço da mostra. O fato negativo este ano foi a falta de algum grande anúncio, mas isso não impediu anunciantes e agências de rodar os locais da feira e as salas de conferência da Cidade do Pecado procurando por um vislumbre do futuro além dos drones e das televisões 4k.

Carros conectados
O CES presenciou mais fabricantes de automóveis se juntarem ao clube, e esse ano não foi uma exceção. As montadoras e as companhias de tecnologia colaboram para tudo, de sistemas de navegação e dashboards, a projetos mais ambiciosos, como carros de auto-condução. Na segunda, a General Motors anunciou que estava investindo US$ 500 milhões na Lyft, com o objetivo eventual de construir táxis que dirigissem sozinhos. AT&T, que no ano passado anunciou um acordo com a Subaru, revelou uma iniciativa apelidada de Ford Sync Connect, cujo objetivo é conectar os donos dos carros com seus veículos de qualquer lugar, por meio da rede da AT&T. Os usuários vão poder destrancar portas, checar o nível de combustível, localizar um carro estacionado e muito mais.

Wearable, IoT e todos os dados
Claro, os wearables podem contar seus passos, dizer onde você está e monitorar seu sono. Mas o objetivo final é criar um ambiente conectado em que tudo esteja acontecendo em segundo plano, fora da mente do consumidor. Pense em um patch ou em um chip implantado em vez de uma pulseira. E pense nas implicações, especialmente para a área da saúde. Os principais obstáculos para uma ampla adoção da internet das coisas, além do fato de os consumidores ainda acharem confuso programar uma casa inteligente, são preocupações sobre segurança e privacidade de dados. Várias companhias falam que a segurança é uma prioridade, mas não entram em detalhes sobre como aliviariam as preocupações do consumidor.

Então, mais uma vez, os consumidores provavelmente não estarão tão preocupados quando virem alguns dos anúncios mais mirabolantes, como a parceira entre a Under Armour e o Watson, da IBM, no produto HealthBox. Enquanto isso, a Spalding fez uma parceria com a ShotTracker para criar uma bola de beisebol integrada com, bem, um tracker.

Companhias como a Panasonic, a Samsung, a LG e a Whirlpool lançaram suas últimas ofertas para uma casa conectada. Keith Weed, da Unilever, durante uma entrevista na mostra, falou sobre uma geladeira inteligente que se comunicaria com um carro inteligente que, por acaso, estivesse passando por uma loja e pudesse te alertar que a Ben&Jerry’s (que está em falta na sua geladeira), está em promoção.

Qual é o hub?
Se os carros inteligentes e as casas conectadas estão se tornando uma realidade, a pergunta é: como os consumidores vão controlar tudo isso? Irwin Gotlieb, presidente global do GroupM, que este ano, mais uma vez, realizou um de seus famosos passeios pela feira, observou que algumas companhias talvez empurrem aparelhos, como refrigeradores ou até mesmos televisões, como o centro de uma vida conectada. “Mas quem diabos precisa correr até a geladeira para acender uma luz?”, ele perguntou. E ainda que ele tenha dito “o seu carro vai se tornar o seu dispositivo móvel mais poderoso”, ele acrescentou firmemente que “seu telefone será o seu centro de inteligência”. Mas os smart players vão escolher trabalhar com código aberto, ele diz, porque os consumidores não vão querer tomar decisões de carros e casas baseados em um SO exclusivo.

CES é um segundo festival de Cannes
Um bom número de executivos de agências observaram que o CES se tornou o que Cannes agora é: um evento global frequentado por profissionais de agências e de marketing, mas às vezes eles nem mesmo vão a qualquer painel ou exposição. Em vez disso, eles usam o evento para marcar grandes reuniões com os maiores executivos do mundo para refinar planos para o próximo ano. Keith Weed, da Unilever, concorda e salienta que o CES no começo do ano e Cannes no meio é um calendário quase perfeito.

O vídeo vertical está aqui
O mundo das agências está falando sobre os vídeo verticais – o tipo que o Snapchat, por exemplo, usa –, mas neste ano no CES, alguns executivos de agências observaram que companhias como o Twitter, o Facebook e o Yahoo estavam aparecendo com vídeos verticais para mostrar, algo que não era feito universalmente no evento do ano passado. Um executivo observou que algumas companhias até mesmo viraram seus monitores de televisão verticalmente para imitar a forma como a maioria de nós agora consome vídeos com os nossos celulares. Isso prova o que a maior parte de nós já sabia: o mundo está se encaminhando para um estilo de vida mobile-first. Mesmo que alguns profissionais de marketing estejam relutantes ou até mesmo vagarosos em se adaptar à mentalidade de mobile-first, parece que este ano, eles vão ter uma escolha e precisarão gravar muito mais conteúdo verticalmente.
 

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