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Comunicação

Desempenho do Omnicom na America do Norte impacta ações

Apesar de ter registrado alta no lucro e nas receitas globais, desempenho local da holding no segundo trimestre preocupa investidores


18 de julho de 2018 - 11h38

(Crédito: Fotolia)

As notícias do desempenho financeiro do grupo Omnicom no segundo trimestre de 2009 causaram um efeito negativo nas ações da holding. De acordo com informações do Advertising Age, as ações do Omnicom sofreram nessa terça-feira, 17 uma queda de 9,5% em relação à cotação do dia anterior. De acordo com análise do Goldman Sachs Group, essa foi a maior queda registrada pela holding desde o período da recessão norte-americana, em 2009.

Apesar da desvalorização das ações, os resultados financeiros gerais da Omnicom não são negativos. O grupo anunciou um lucro líquido de US$ 364,2 milhões no segundo trimestre de 2018 (10,8% a mais do que o registrado no mesmo período de 2017). A receita global da holding teve um ligeiro crescimento de 1,8%.

Analisando separadamente o crescimento orgânico de cada uma das áreas de negócios do grupo, é possível notar que ao maior taxa de crescimento vem da área de CRM Consumer Experience, cujos negócios aumentaram 7,1%. O crescimento orgânico com publicidade foi de 1,6% no trimestre, enquanto o de CRM Execution & Support foi de 4,4%. A área de Relações Públicas registrou crescimento orgânico de 2,7% e a área de cuidados com a saúde cresceu 4,7%.

O problema do relatório financeiro aparece quando o grupo detalha o desempenho regional de seus negócios. Na região da América do Norte, o crescimento orgânico registrado pelo Omnicom no segundo trimestre do ano é negativo. A operação local teve retração de 0,9%. A mesma curva negativa de crescimento também foi apontada no Reino Unido (-2,2%) e Oriente Médio e Africa, que recuaram 8%. Já a Europa registrou um desempenho positivo, com crescimento orgânico de 11,2%. Ásia Pacífico também registrou crescimento (8,5%), enquanto a América Latina ampliou os negócios em 2,5%.

De acordo com analistas internacionais, as perdas de contas e as incertezas da mídia norte-americana contribuíram para a queda da holding no local. A preocupação dos analistas é grande, uma vez que a região da América do Norte responde por metade das receitas globais da companhia. A previsão é de que, até o final de 2018, as margens da holding continuem apertadas. Apesar disso, as receitas oriundas do digital estão em ritmo crescente, mas não são, ainda, suficientes para impactar os resultados gerais.

Com informações do Advertising Age

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