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Mark Up entra para a rede Jack Morton

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Comunicação

Mark Up entra para a rede Jack Morton

Acordo operacional entre a agência brasileira de marketing promocional com a empresa do Grupo Interpublic poderá evoluir para venda


21 de julho de 2014 - 3h58

A busca pelo residual emocional que fica no consumidor após experiências com as marcas é o que move o trabalho da rede de agências Jack Morton, do Grupo Interpublic. Na semana passada, confirmou-se a chegada da empresa à América Latina, através de acordo operacional sem troca de ações com a brasileira Holding Up, controladora das agências Mark Up (incentivo e relacionamento), High Up (eventos e promoções) e Light Up (digital). Entretanto, as tratativas intermediadas por Eduardo Steiner, diretor regional do Results International Group, podem evoluir para aquisição nos próximos anos. A negociação foi revelada por Meio & Mensagem em abril.

Fundada há 75 anos e com 17 escritórios mundo afora, a Jack Morton estava à procura de uma parceira no Brasil desde 2012. No segundo semestre daquele ano, os principais executivos da rede estiveram no País e visitaram cerca de 10 agências. Curiosamente, a Mark Up não estava entre elas, pois a fundadora e presidente Silvana Torres não havia respondido o e-mail que tentava marcar reunião. No início de 2013, durante viagem aos Estados Unidos, ela finalmente se encontrou com dirigentes da multinacional e iniciou as negociações que, em um primeiro momento, previam a aquisição de parte da agência brasileira. “Houve muitos pontos de interesse convergentes na conversa, relativos a postura e posicionamento, como o fato de tanto nós quanto eles darem muita importância ao selo do Great Place to Work”, frisa Silvana.

Mas, como processos de compra são demorados para as grandes holdings e a Jack Morton passou a ter urgência em ter base no Brasil, especialmente por estar envolvida em projetos de clientes com vistas às Olimpíadas de 2016, optou-se pelo estágio intermediário do acordo operacional. “Estamos noivando antes de casar, e já passamos a atender contas internacionais da rede. Eles são muito fortes em ativação de marcas em eventos esportivos e estão atuando fortemente em prospecções para as Olimpíadas”, diz Silvana.

Para ela, os principais atrativos são a troca de experiências para profissionais dos dois lados e a adoção no Brasil de métodos de trabalho da rede. “Eles montam times virtuais com profissionais de todo o mundo para projetos específicos. E nós poderemos recorrer a essa pratica também para os jobs brasileiros.” O contrato inicial é valido por um ano e prevê comissões para as duas partes por trabalhos conjuntos.

A chegada à América Latina pelo Brasil se dá em um momento de expansão nos negócios da Jack Morton, que acaba de comprar a Genuine Interactive, agência digital sediada em Boston que tem cerca de 150 funcionários. Também inaugurou recentemente escritórios em Dusseldorf, na Alemanha, e em Seul, Coreia do Sul.

A Mark Up, por sua vez, está comemorando 20 anos de mercado. A agência nasceu em 1994 com investimento da AlmapBBDO, que era dona de 51% da agência promocional. Em 1997, as fundadoras Silvana Torres e Gisele Lima compraram a parte da Almap. Desde então, foram iniciadas pelo menos três negociações de compra da Mark Up por VR – Vale Refeição e Visa Vale, na época em que essas empresas estudavam entrada ou expansão de atividades na área dos cartões de premiação, e, mais recentemente, do Grupo ABC. Há três anos Gisele deixou o negócio.

Instalada em nova sede no bairro de Vila Nova Conceição, em São Paulo, a Mark Up responde por 50% da receita da Holding Up, que soma 70 funcionários, unificou equipes recentemente e é comandada pelo trio de vice-presidentes: o sócio minoritário Paulo Farnese (atendimento), Marcelo Murari (operações) e Paulo Prado (criação e planejamento), este último contratado em maio e antes na Holding Clube. Entre os clientes da Holding Up estão Mercedes-Benz, Whirlpool, Pedigree (Mars), Volkswagen, Avon e CCR.

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