ONG FSC lança primeira campanha publicitária
Objetivo é fortalecer comunicação com consumidor final e ampliar o conhecimento do selo de certificação florestal
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Guilherme Fernandes
6 de outubro de 2016 - 13h07
Conhece o selo ao lado? Em caso negativo, você se inclui nos 68% de brasileiros que nunca ouviram falar na ONG FSC, proprietária de um sistema internacional de certificação florestal. Segundo um estudo promovido pela entidade em 2013, somente 8% dos 900 entrevistados que responderam à pesquisa online de fato conheciam a marca. Para os demais, a FSC (Conselho de Manejo Florestal) soava familiar.
A chance da FSC estar presente no seu dia a dia e também na rotina dos entrevistados é grande: o selo da organização está presente em embalagens da Tetra Pak, papel sulfite, jornais, cosméticos e também em peças de mobiliário e decoração, entre outros.
Por meio de uma estratégia global, a FSC tenta mudar esse cenário de desconhecimento e aposta na comunicação com o consumidor final. Na semana passada, a filial brasileira começou a veicular a primeira campanha com tal propósito no país. Cartazes e painéis foram colocados no metrô de São Paulo, nas estações Paraíso, Consolação e Vila Madalena, com mensagens que reforçam a ideia de que o consumidor pode proteger o meio ambiente mesmo consumindo.
A organização estima certificar cerca de 90% dos fabricantes de papel e celulose que atuam no Brasil, por meio de um critério que leva em conta aspectos econômicos, sociais e ambientais. Segundo a FSC, isso garante, por exemplo, que não houve desmatamento ilegal nem uso de trabalho escravo ou infantil, que o solo e a água não foram contaminados e que as comunidades do entorno foram respeitadas. Os Estados Unidos e mercados europeus só importam madeira de reflorestamento certificada pela FSC.
“O objetivo da campanha é conscientizar sobre o selo. Às vezes as pessoas até sabem da certificação, mas por ser mais caro e por não conhecerem nosso trabalho, não compram o produto”, explica Aline Tristão, diretora executiva do FSC Brasil. Segundo ela, a agência Giacometti criou a campanha de graça.
Tristão lembra que, em pesquisa feita no ano passado, metade dos 900 brasileiros entrevistados se autodeclararam “verdes de fatos”, categoria que reúne as pessoas mais preocupadas com questões ambientais dentre os quatro perfis utilizados pela FSC. O resultado brasileiro está acima da média mundial, algo que também acontece na Índia e África do Sul.
Os consumidores brasileiros também estão acima da médias mundiais em outros quesitos: a maioria está disposta a pagar mais por produtos verdes (59% no mundo e 61% no Brasil) e são menos propensos a trocar de marca quando o produto é verde (53% no mundo e 60% no Brasil). A pesquisa também aponta que 50% dos brasileiros confiam plenamente em selos de certificações, em conformidade com a média mundial. Globalmente, 76% acreditam que suas compras podem fazer a diferença para a preservação ambiental, enquanto no Brasil esse número sobe para 83%. Tristão acredita que os números brasileiros acima da média mundial tendem a favorecer a comunicação com o consumidor final.
A ONG também certifica cerca de 1% da extração de madeira nativa da Amazônia. De acordo com Tristão, o baixo número se explica porque é difícil concorrer com a ilegalidade. “Quem utiliza a madeira ilegal não paga tributos, não se regulariza e leva vantagens por isso”, diz ela.
Além da campanha no metrô, haverá ações no Facebook. De acordo com a diretora, o FSC também está captando recursos junto às empresas certificadas para produzir um filme para a TV.
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