Fabiana Zanelato
26 de julho de 2011 - 8h47
O Brasil ganha cada vez mais peso na agenda das turnês internacionais, em um momento que o poder aquisitivo do brasileiro aumenta e a crise americana e européia se acentuam.
O segundo semestre promete. De Aerosmith à Ricky Martin, o cardápio de shows é rico e variado. Inclusive o preço dos ingressos também pede um rico investimento por parte dos fãs. Os valores variam de R$ 190,00 à R$ 800,00 dependendo do artista e local escolhido.
De um lado, os organizadores argumentam que os altos valores dos cachês das bandas, operação logística, investimentos em infra-estrutura e a alta taxa de impostos engordam o preço do ingresso. De outro, o público corre desesperadamente para comprar os ingressos e não perder o show. Afinal de contas, quem não sofreu para adquirir um par de ingressos para o show do U2 360?
Falando em U2, eu não fui ao show de São Paulo porque a banda se apresentaria na Califórnia na mesma época em que eu estaria passando minhas férias por lá, portanto deixei para assistir ao show alguns meses depois.
Com US$ 560,00 (aproximadamente R$ 896,00) comprei meu par de ingressos, e lá fui eu, acompanhada do meu namorado, ver este show de tecnologia e boa musica!
Saímos super apressados de Los Angeles. Faltavam apenas 2 horas para o início do show, e ainda tínhamos que dirigir 54 km. Chegamos meia hora antes do início do show. Em 10 minutos estacionamos o carro a apenas 200 metros da entrada principal do estádio, por 20 dólares – que não foram pagos a nenhum flanelinha.
Mas isso foi só o começo. Ainda faltava retirar os ingressos, portanto saímos correndo até a bilheteria preparados para enfrentar um fila. Surpresa! Haviam 3 pessoas na nossa frente, e em 10 minutos estávamos com os ingresso na mão.
Ao entrar no estádio eu fiquei perplexa! Não pela estrutura do show que eu já sabia que era incrível, mas pela organização do evento como um todo. Sem filas, e sem tumulto eu tinha uma cadeira numerada. Comprei pista, mas nos EUA é proibido vender um ingresso sem ter uma cadeira numerada. Ou seja, eu tinha meu lugar sentada, e um espaço garantido na pista caso eu quisesse chacoalhar o esqueleto.
As boas notícias não param por aí.
Para comprar cerveja (sempre gelada) e hot dog também não tinha fila, nem os preços eram abusivos, como aqui no Brasil. E, voltando para o meu assento, me deparei com um porta copos (como nos cinemas).
Depois da cerveja, hora de ir ao banheiro. Uma pequena fila que andava bem rápido, e os banheiros, pasmem, limpos e com papel (do começo ao final do show). Pontualmente às 20h00, começou o show de abertura, que não foi previamente anunciado. Era nada menos do que uma apresentação do Lenny Kravitz e banda para começar a esquentar a noite.
Voltando ao Brasil e lembrando que São Paulo parou nos dias que o U2 se apresentou no estádio do Morumbi, encerro meu post com o bom e velho ditado “os americanos são muito melhores” (pelo menos neste quesito). Mas, que venham os shows, o caos (estarei lá), e, se Deus quiser e o governo trabalhar, a Copa do Mundo. Tudo bem mais caro, com serviços não tão bem prestados.
Fabiana Zanelato é diretora artística de eventos do Banco de Eventos, da Holding Clube
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