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Sorrell: “S4 não é uma holding, mas o anticristo”

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Comunicação

Sorrell: “S4 não é uma holding, mas o anticristo”

Em painel do Advertising Week, ex-CEO do WPP afirma que grandes grupos vão primeiro quebrar antes de se consolidar


27 de setembro de 2019 - 7h54

Emily del Greco (Mighty Hive), Joanna Coles (Boudica), Martin Sorrell (S4 Capital) e Wesley ter Haar (MediaMonks) (Crédito: Erik Spooner/ AdAge)

Por Lindsay Rittenhouse, do AdAge

Durante painel esta semana, no Advertising Week em Nova York, o presidente executivo da S4 Capital, Martin Sorrell, o ex-CEO e fundador do WPP disse que prevê que as holdings serão eventualmente “quebrados” para depois se consolidarem. Junto a ele estiveram Wesley ter Haar, fundador e COO da MediaMonks, hoje parte da S4 Capital, e a presidente da MightyHive para as Américas, Emily Del Greco, numa conversa moderada por Joanna Coles, fundadora da Boudica.

“A prova disso é o IPG, que parece ter o melhor desempenho” das holdings, disse Sorrell. “Dentro do IPG, McCann equivale a 75% do negócio ou o que quer que seja, e é um negócio integrado. Essa é a chave.” Ele falou que o WPP está agora “tentando recuperar o atraso” por não ter conseguido se consolidar mais cedo (com as fusões da VML e Y&R e Wunderman e J. Walter Thompson).

Sorrell afirmou que o principal problema que as empresas enfrentam é que a maior parte de sua receita é gerada pela mídia tradicional e pela publicidade criativa, que está diminuindo. “Qualquer holding que vencesse uma concorrência de mídia tradicional, eu diminuiria seu inventário”, disse Sorrell. “Somos puramente digitais. Essa é a única coisa em que estamos interessados.”

Para ilustrar seu argumento, Sorrell afirmou que a S4 Capital “não é uma holding … nós somos o anticristo”. Ele observou como sua empresa, por meio da MightyHive e MediaMonks, não se esquiva do que ele chamou de “fobias” das agências tradicionais: parceria com gigantes da tecnologia como Google e Facebook (que ele chamou de “frenemies” da indústria) e trabalhando com in-houses. Junto à Netflix formou uma das principais houses com a qual opera.

Ele disse que as agências têm medo de deixar alguém falar com seus clientes, mas que “o Facebook e o Google não estão tentando roubá-los”. Haar contou que sua equipe cria anúncios de 1,7 segundo para redes sociais (que podem ser ajustados em tempo real com base em resultados de desempenho) porque o Facebook descobriu que a pessoa comum não passa mais de 1,7 segundo olhando uma postagem. Segundo Sorrell, “estamos tentando mudar a maneira como a indústria opera em um mundo que já mudou”.

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