Vetor Zero/Lobo consolida área de live action
Reconhecida pelo trabalho em animação, produtora contrata mais um diretor e reforça área de filmes de atores
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Meio & Mensagem
18 de setembro de 2012 - 9h26
Quatro anos atrás, por incentivo de clientes, a Vetor Zero/Lobo decidiu ir além da sua consagrada área de animação. Passou a filmar comerciais com atores reais, em locações igualmente reais, a fim de oferecer mais opções ao mercado. Com o bom desempenho da área, a produtora já possui um time de oito diretores com dedicação exclusiva ao chamado live action.
O novo contratado é Roberio Braga, recém-saído da Margarida Filmes, que estreia na casa um mês depois da chegada de Fernando Sanches. “Queremos ser full service, mantendo nossa história com animação, que é muito bacana”, diz Alberto Lopes, sócio e produtor-executivo da Vetor Zero. “Estamos tomando cuidado para, nessa nova área, reunir diretores com diferentes vozes.”
Braga, o novo reforço, tem uma sólida experiência com fotografia — trabalho que o levou ao cinema como assistente de direção e, posteriormente, como diretor de fotografia. Em todos os trabalhos, tenta imprimir uma carga forte da cultura brasileira. E deve, mesmo que não seja este seu foco, interagir com a área de animação da produtora. “É um dos grandes potenciais de nosso trabalho na Vetor, que é um celeiro de estilos e conceitos. É um ambiente muito enriquecedor”, comenta Braga.
Ele e Sanches passam a atuar em paralelo a Coi Belluzzo, Gabriel Nobrega, Fabio Hacker, João Tenório, Mateus de Paula Santos e Nando Cohen — todos focados em live action, mas cada um com estilo próprio, ressalta Lopes. A área representa 40% do faturamento da Vetor Zero. Em volume de produção, porém, já supera os comerciais de animação: em 2011, foram 94 filmes de atores ante 74 de animação.
Este dado mostra, contudo, que a disciplina pela qual a Vetor Zero ganhou notoriedade desde sua fundação, em 1994, é mais rentável — graças ao tempo de produção maior e à dedicação exclusiva exigida de quem está envolvido nos projetos. Na área de animação, atuam com exclusividade os diretores Fábio Acorsi, Guto Terni, Rodrigo Ribeiro, Cadu Macedo e Alceu Baptistão.
Os projetos de animação têm, naturalmente, um desenvolvimento mais lento do que os filmes publicitários convencionais e estão muito calcados no planejamento da produtora. Ele é fundamental para que a animação atinja alto nível de qualidade e atenda à demanda dos anunciantes e de suas agências.
Esse formato cria um desafio para a área de live action no que diz respeito ao ritmo de trabalho. Nesta disciplina, a agilidade em entregar um bom filme num curto prazo de tempo conta mais pontos, imprimindo um ritmo de trabalho mais rápido. Para dar conta dessa demanda, a Vetor tem uma equipe de produção com 20 pessoas.
Outro desafio decorre do anterior e diz respeito ao modelo de negócios. Os projetos duram um prazo curto de tempo, mas mobilizam muitos profissionais — e têm orçamentos altos. Isso mexe, primeiro, com a equipe da produtora, que teve de se adequar a um fluxo volátil de colaboradores — e que fez a Vetor alugar um escritório à parte, no prédio vizinho ao que ocupa, no Itaim Bibi, em São Paulo.
Em segundo, há uma questão de fluxo de caixa: as produtoras têm um custo a arcar no início do projeto e só são remuneradas algum tempo depois — por vezes, meses mais tarde. Isso exige capital de giro maior e é um modelo mais arriscado que o da animação, já que a maior duração dos projetos permite um ganho — e um custo — mais diluído.
Novas questões à parte, a Vetor Zero vem tocando alguns projetos na área de conteúdo em paralelo à sua consolidação na publicidade. Um longa-metragem em 3D e outro de live action estão em processo de captação de recursos e roteirização. Há, ainda, formatos para televisão em desenvolvimento dentro da produtora, para serem realizados em longo prazo.
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