Assinar

Vencedores do Effie College Brasil 2021 apostam em inovação

Buscar
Effie Awards

Vencedores do Effie College Brasil 2021 apostam em inovação

Alunos fizeram projetos para as marcas Avon, Bis, Flua e Santander


4 de novembro de 2021 - 16h37

Com o desafio de criar campanhas e estratégias de comunicação, os alunos das faculdades Cásper Líbero e ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), trabalharam com as marcas Bis, Flua, Avon e Santander. A pandemia e distanciamento causados pela covid-19, colocaram um ingrediente a mais para a produção dos projetos. Os participantes não podiam visitar as empresas ou conhecer pessoalmente os seus clientes. Contudo, os prêmios foram entregues aos quatro grupos nesta quarta-feira, 3, no Hotel Unique durante a cerimônia do Effie.

A Faculdade Cásper Líbero se destacou. Os grupos responsáveis por Avon e BIS foram da faculdade de comunicação social. A ESPM também somou dois prêmios, mas um para a unidade de São Paulo, de Santander, e o outro da unidade do Rio Grande do Sul, para Flua. Os projetos refletem uma preocupação com ativações sensoriais e em todos os pontos de contato, além de uma humanização do cliente como mola propulsora na vida dos consumidores.

O vencedor do desafio de Avon foi o projeto “Minha Essência É Avon”, de Júlia Lyz Ranaldi de Toledo Nassif, Sara De Souza, Mariana Salmen e Nathalia Pereira. O desafio da Avon envolvia reposicionar a marca no mercado de perfumaria, aumentar o market share e gerar awareness. O case propôs valorizar os diferentes tipos de expressão de personalidade e essência, explorar os perfumes nas ativações externas e vincular a marca à memória olfativa das consumidoras, colocar o perfume como artigo de beleza e oferecer oportunidades de compra em datas comemorativas.

Grupo entregou um trabalho para Avon apostando na essência da marca (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Falando em nome do grupo, Júlia Lyz Ranaldi, conta que a equipe imaginava que trabalharia com as maquiagens da marca. Ao entrar em contato com o segmento de perfumaria, o grupo buscou pesquisar sobre esse mercado pouco familiar, e o que a Avon já havia criado em termos de comunicação para seus perfumes. A partir disso, a ideia passou a girar em torno da experiência olfativa como protagonista.

“O principal diferencial do nosso projeto foi o fato dele ser focado totalmente nos sentidos, mais especificamente, no olfato. Além disso, pensamos em estratégias totalmente focada na experiência do consumidor e em uma abordagem 360°, trabalhando tanto mídias digitais, como ativações físicas e mídia OOH. Acreditamos que esses três pontos são essenciais para o futuro da comunicação e já vemos eles sendo implementados a cada dia mais. Além disso, achamos importante pensarmos cada vez mais na acessibilidade para todos os tipos de pessoas atreladas a essa experiência”, diz.

“#HousedosBIScoiteiros”, de João Pedro Camargo, Lucas Dini Figueiredo, Samantha Cavíquia e Sophia Miná Demarchi foi o case escolhido por BIS. O briefing da marca da Mondelez, envolvia se reconectar com 18 a 34 anos, das classes A, B e C. O grupo sugeriu a criação de uma casa de conteúdo em que, para entrar, o público participaria de uma competição de produção de conteúdo voltada para o TikTok. Os conteúdos deveriam ter a identidade da marca.
O projeto #HousedosBIScoiteiros foi inspirado na Hype House, uma casa de criação de conteúdo formada por influenciadores nos Estados Unidos, entre eles, os maiores influenciadores do TikTok. Assim, o case foi inspirado por um viral da plataforma. “Como o grupo todo é heavy user do app, fica praticamente impossível não se inspirar em algo. O resultado não poderia ser outro: uma série de vídeos virais e uma comunidade bem estruturada e engajada com um jeitinho bem brasileiro e utilizando de gatilhos mentais fortíssimos os quais afloram a comunidade de uma maneira orgânica, autêntica e bem Biscoiteira”, conta Sophia Miná Demarchi. O nome da casa e do projeto brinca com a palavra biscoiteiro, que conta com o prefixo “bis” (nome do cliente) e o adjetivo criado a partir dela, que é a definição de alguém que gosta de atenção. Como uma house de influenciadores é formada por criadores que estão expostos publicamente, a união fez sentido. “Não ter medo de errar ou passar vergonha faz parte da singularidade que devem ser pensadas em campanhas futuras”, propõe.

Grupo propôs se reconectar com o público de com 18 a 34 anos, das classes A, B e C (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

A campanha para Flua, serviço de assinatura de veículos, deveria gerar conversa e identificação. Assim, o grupo do case “Flua! Descomplica a relação”, formado por Carlos Miguel Garcia, Gláucia Theves, Guilherme Sill e Zena Baja, sugeriu usar artistas e influenciadores para comunicar como as relações não precisam ser tão complicadas como ser dono de um carro e lidar com os problemas advindos dele, e propõe a assinatura do serviço. A comunicação ainda tem uma ação no Tinder em que os usuários podem dar matches em carros e saber a quantos quilômetros eles estão de distância.

Segundo Guilherme Sill, o principal desafio do grupo foi comunicar um serviço ainda novo e pouco conhecido no País, que é a assinatura de veículos. Além disso, por se tratar de uma marca nova, os alunos tiveram dificuldade de se inspirar em campanhas anteriores ou de outras marcas como referência. Assim, o grupo tentou desvendar como o brasileiro se relaciona com o carro. Ao entender que há uma relação de amor, os universitários usaram o conceito de amor líquido do sociólogo polonês Zygmunt Bauman como base da comunicação. “Então, buscamos trazer um tom proprietário para esse serviço que gerasse conversa com o consumidor e retratasse a sociedade como é hoje: líquida”, diz.

Maior desafio do grupo foi foi comunicar um serviço ainda novo e pouco conhecido no País (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Jamille Souza e Silva Machado, Ronaldo Braga de Meneses e Virginia Maria Aeschliman tiveram sucesso no desafio de Santander ao criar o case “”lvl Santa: O Despertar da Fúria”. O briefing era posicionar o banco enquanto banco dos eSports e oferecer um cartão SX como a solução para esse público. Como o Santander patrocina a equipe de eSports Fúria e o sonho de muitos jogadores é frustrado por não terem seu sonho como carreira, o grupo propôs que o banco criasse uma competição para garantir que o vencedor entrasse no time.

Os alunos investiram em estratégias dos próprios clientes e de concorrentes (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Na perspectiva do grupo, saber as plataformas mais usadas pelo público-alvo (gamers), os dados demográficos e até o linguajar desse público não era suficiente se não fosse possível atingi-lo em seus desejos e necessidades. A partir disso, a equipe adotou estratégias de social listening e consultou a comunidade para sugerir soluções coerentes. Os alunos também avaliaram as estratégias do próprio cliente e concorrentes para propor estratégias que não fossem repetitivas e entregassem, de fato, benefícios. Ao mesmo tempo, para apelar para o lado emocional e não apenas o racional, o time teve a ideia de fazer um reality. “Entendemos que a comunicação e o marketing possuem um papel muito maior do que apenas a auto consolidação e autopromoção de marcas que já estão no topo: como a própria premissa do nosso projeto buscou entender, por que grandes marcas dão mais holofote a quem já está em cima do palco ao invés de aproveitar o poder comunicacional que têm para contribuir com o sonho de quem ainda não chegou lá?”, divide Virginia Maria Aeschliman, em nome do grupo.

Publicidade

Compartilhe