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As tendências na era da ansiedade algorítmica

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Evento ProXXIma

As tendências na era da ansiedade algorítmica

Alto fluxo de informações demanda mais atenção das marcas no processo de tomada de decisões


31 de maio de 2023 - 6h00

A relação íntima da sociedade com as redes sociais cria um complexo ambiente de consumo cada vez mais mediado por algoritmos. Nos dias atuais, as escolhas pessoais são reais ou, na verdade, motivadas inteiramente pela tecnologia? Essa foi uma das questões abordadas por Daniela Dantas, vice-presidente da WGSN América Latina, no palco do ProXXIma, na tarde desta terça-feira, 30.

Alto fluxo de informações nas redes sociais demanda mais atenção das marcas no processo de tomada de decisões (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

A especialista explicou que, com os avanços dos algoritmos, o círculo de influência ocorre de maneira extremamente fluída e rápida. No entanto, o alto fluxo de informações afeta o desenvolvimento de doenças como a ansiedade e depressão. É nesse contexto que, segundo Daniela, as marcas precisam se manter atualizadas às tendências das redes, na busca para as soluções mais relevantes.

Uma das características que devem influenciar a tomada de decisões é a compreensão de que a vida online é marcada pela desinformação. Para Daniela, nesse contexto, faz-se necessário reaprender a buscar conhecimento. “Informação não é conhecimento e essa é a grande virada de chave, porque vivemos em uma sociedade em que o tempo de atenção é cada vez menor”, falou.

Conforme a executiva, existe uma demanda por autenticidade. “As novas gerações são preparadas para conteúdos mais ‘reais’, inclusive, com menos filtros. Por outro lado, as marcas nem sempre são assim, porque ainda querem editar até o fio de cabelo. Resta saber como nos preparamos para voltarmos a ser mais autênticos”, questionou.

Além dessas, outro propulsor importante para as marcas é o fato de a internet ser geracional, sendo um espaço para diferentes grupos de pessoas. A executiva ressaltou que a interação entre gerações tem promovido o surgimento de influenciadores mais velhos, uma tendência importante.

Redes nichadas e rituais

Outra tendência importante é o crescimento de comunidades descentralizadas. Segundo Daniela, com o excesso de uso das redes e o impacto gerado por isso, os jovens são um público com tendências a buscar ambientes mais nichados em busca de saúde mental.

“Hoje, a rede social é habitual e vai passar a ser ritualística. Por exemplo, o usuário cria um ritual em que, uma vez por semana, ele entra nas redes, após entender o efeito da internet. Isso não vem por vontade, mas vem por necessidade por conta da ansiedade e depressão que têm se tornado o mal do século”, acrescentou.

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