Carrefour confirma Plassat como presidente
Varejista oficializa por meio de comunicado a contratação de Georges Plassat como seu novo presidente, em substituição a Lars Olofsson
Varejista oficializa por meio de comunicado a contratação de Georges Plassat como seu novo presidente, em substituição a Lars Olofsson
Janaina Langsdorff
30 de janeiro de 2012 - 8h40
O Carrefour oficializa a contratação de Georges Plassat como seu novo presidente, em substituição a Lars Olofsson, que estava há três ano no cargo. A mudança tenta instaurar uma gestão capaz de resgatar o vigor financeiro da segunda maior rede varejista do mundo, atrás apenas da americana Wal-Mart. De 2007 para 2011, o valor da cotação dos papeis da empresa caiu de € 50 para € 14,66.
Plassat, que deixa a presidência da conterrânea Vivarte – grupo de moda que opera com as grifes Kookai, Accessoire Diffusion e Les Fées de Bengale, entre outras – comandará uma operação que representa 43% das vendas mundiais da rede, que no ano passado atingiram a cifra de € 91,5 bilhões. De acordo com o comunicado, o executivo passará primeiro por um período de transição, atuando como diretor de operações entre o dia 2 de abril e 18 de junho, quando será nomeado CEO do Carrefour na França.
Uma das tentativas de reerguer os lucros aconteceu no fim do ano passado, quando o Carrefour anunciou a realização de dois negócios. Recebeu € 153 milhões pela venda de 50% de sua participação no Grupo Altis, que alcançou uma receita de € 499 milhões em 2010, e comprou 57% do capital da Guyenne et Gascogne, que somou vendas da ordem de € 604 milhões em 2010, geradas a partir de seis hipermercados e 28 supermercados Carrefour.
Por aqui, o cenário também não é dos melhores. Em 2011, o Carrefour só não foi comprado pelo Grupo Pão de Açúcar porque o empresário Abilio Diniz não chegou a um acordo com o seu sócio, o também francês Casino, arquirrival inimigo do Carrefour na França. O Wal-Mart também chegou a cogitar uma possível compra, que não avançou.
A eventual venda do Carrefour Brasil ganhou força depois que a sua matriz descobriu, em 2010, uma fraude contábil da ordem de € 550 milhões, originada por resultados inflados. A pressão para resgatar o investimento feito na reestruturação do grupo desde 2007 acirrou os ânimos com os acionistas, que vêm cobrando uma performance melhor. Demissões, fechamento de lojas e mudança de bandeiras fazem parte de uma série de providências tomadas para reordenar a atuação do Carrefour e melhorar a sua performance nacionalmente.
A América Latina corresponde a 12,5% das vendas mundiais do Carrefour. O Brasil é o principal mercado da região, com faturamento avaliado em R$ 29 bilhões em 2010, resultado originado pelas vendas de 500 lojas, entre supermercados, hipermercados, atacadistas e lojas de conveniência.
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