Facebook se explica aos anunciantes sobre recentes denúncias

Buscar

Facebook se explica aos anunciantes sobre recentes denúncias

Buscar
Publicidade

Mídia

Facebook se explica aos anunciantes sobre recentes denúncias

Ex-executiva da companhia declarou no programa “60 Minutes” que a rede social escolhe manter conteúdos ofensivos


5 de outubro de 2021 - 7h58

(Crédito: Luca Sammarco/Pexels)

*Do Advertising Age

O Facebook está se defendendo, perante os anunciantes que têm dúvidas a respeito da segurança da rede social após a denúncia apresentada no programa “60 Minutes”, exibido nos Estados Unidos.

Nessa segunda-feira, 4, o Facebook enviou uma nota para as agências de publicidade e anunciantes para responder a mais recente crise de imagem em que se envolveu, após Frances Haugen, uma ex-gerente de produtos da plataforma, ter exposto suas preocupações em relação à empresa em uma entrevista no programa “60 Minutes”. Haugen revelou ser a informante que guardou milhares de páginas de documentos secretos que mostraram deliberações internas do Facebook. Nesta terça-feira, 5, Haugen irá testemunhar no Congresso a respeito dos documentos, que revelam a postura da empresa em relação à maneira como o Instagram afeta a saúde mental dos adolescentes e outros temas relacionados à segurança.

Os vazamentos de Haugen também formaram a base de uma série de reportagens do Wall Street Journal a respeito de como a rede social modera ou não conteúdos considerados ofensivos.

Na segunda-feira, 4, o Facebook enviou um comunicado para as agências de publicidade para refutar as informações mostradas no “60 Minutes”. O documento, que foi obtido pela reportagem do Advertising Age, não trouxe informações muito diferentes daquelas que a rede social já compartilhava há algumas semanas. “Fazemos pesquisas internas para fazer perguntas difíceis e entender como podemos melhorar a experiência para as pessoas em nossa plataforma. Temos um forte histórico de uso de nossas pesquisas – bem como de pesquisas externas feitas em parceria com colaboradores e organizações especializadas – para informar as mudanças de nossos aplicativos e melhoras nossos produtos e políticas.”

Para piorar a situação, nessa segunda-feira, 4, o Facebook, Instagram e o WhatsApp (todos os aplicativos da empresa) enfrentaram uma queda global simultânea. “Estamos trabalhando para normalizar a situação o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniência, tuítou Andy Stone, diretor de comunicação do Facebook, assim que a instabilidade começou. Essa queda, logicamente, também interrompe as programações dos anunciantes nas plataformas.

De acordo com alguns executivos de anunciantes, a resposta do Facebook para as denúncias feitas no programa “60 Minutes” forma inadequadas. “O Facebook esquecer os anunciantes e as agências”, declarou um líder de agência dos Estados Unidos, que trabalha próximo à rede social, mas que preferiu manter o anonimato.

O escrutínio dos negócios do Facebook está se tornando um problema para a comunidade publicitária, de modo geral. As principais agências de publicidade trabalham com milhares de marcas que estão tentando compreender os impactos das políticas do Facebook. A plataforma atende mais de 10 milhões de anunciantes que investiram cerca de US$ 85 bilhões no ano passado.

O Facebook tem conversado com os líderes da indústria nas últimas semanas, de forma geral, para explicar sua posição a respeito das recentes denúncias. A empresa declarou que os relatórios apresentados pela denunciante traziam erros a respeito das pesquisas e que as intenções da companhia foram mal interpretadas.

“Todos os dias nossas equipes vêm equilibrando a proteção aos direitos de bilhões de pessoas se expressarem de forma aberta para manter nossa plataforma como um local seguro e positivo”, declarou um porta-voz da companhia, por e-mail, em resposta aos questionamentos da reportagem do Advertising Age a respeito das denúncias do programa “60 Minutes”. A resposta foi parecida com a enviada às agências de publicidade. “Continuamos fazendo investimentos significativos para combater a disseminação de desinformação e de conteúdo prejudicial. Sugerir que encorajamos conteúdo ruim e que não fazemos nada não é verdade.”

O Facebook não quis comentar a respeito de como está se comunicando com seus anunciantes a respeito do assunto. Uma pessoa próxima à rede social, que falou sob anonimato, disse que as interações da companhia com líderes de publicidade têm sido positivas. O Facebook está entrando em contato com os anunciantes para explicar sua posição e oferecer orientação às agências, especialmente porque os holofotes negativos continuam sobre a companhia.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Disney une Disney+ e Star+ em um só streaming em junho

    Disney une Disney+ e Star+ em um só streaming em junho

    Nova plataforma terá seções das marcas Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic, além de novos planos de assinatura

  • Globo amplia receita de publicidade e tem lucro de R$ 838,7 milhões em 2023

    Globo amplia receita de publicidade e tem lucro de R$ 838,7 milhões em 2023

    Balanço da Globo Comunicação e Participações revela receita total de R$ 15,13 bilhões ao longo do ano anterior