Gênero vira coisa séria na indústria de brinquedos
Bonecas trans e bebês para meninos são alguns exemplos de como as fabricantes vem investindo em produtos inclusivos
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Meio & Mensagem
22 de fevereiro de 2017 - 12h52
Há pouco mais de um ano, os consumidores de brinquedos nos Estados Unidos levantaram uma polêmica. Os brinquedos e produtos licenciados do sétimo episódio da franquia Star Wars – O Despertar da Força não contemplavam Rey, uma das protagonistas e personagens centrais do longa. A discussão parece ter aberto caminho para que as fabricantes de brinquedos dos Estados Unidos considerassem a igualdade de gênero em seus negócios.
Mais de 1100 companhias de brinquedos participar da Toy Fair, feira internacional do segmento que aconteceu no último fim de semana, em Manhattam, nos Estados Unidos. Nas apresentações, diversos produtos que carregam mensagens de empoderamento feminino e sobre fluidez de gênero ganharam destaque. No país, as vendas de brinquedos cresceram 5% em 2016 em relação ao ano anterior, movimentando a quantia de US$ 26 bilhões.
“A indústria de brinquedos se tornou mais experiente do que os demais segmentos”, acredita o presidente e chefe executivo da Toy Industry Association, Steve Pasierb. Na opinião do porta-voz, a classificação de brinquedos por gênero vêm perdendo espaço na indústria. A própria associação deu um passo para derrubar os estereótipos no ano passado e se tornar mais inclusiva, quando acabou com as divisões “Brinquedos de Menino do Ano” e “Brinquedo de Menina do Ano”.
Neste ano, a Mattel expandiu sua marca de bonecas American Doll, incluindo, pela primeira vez na história, um boneco. A concorrência da fabricante, no entanto, será grande. A Boy Story, nova marca de brinquedos de Tampa, na Florida, vende uma linha de bonecos e direciona parte da renda obtida para o projeto He For She, iniciativa global pela igualdade de gênero. A confundadora da Boy Story, Kristen Jarvis Johnson é mãe de dois meninos e disse que criou a empresa com o objetivo de equilibrar a indústria, já que os fabricantes já produziam muitas bonecas meninas. Ela conta que a empresa se preocupou em reproduzir diferentes etnias nos brinquedos, a fim de criar produtos representativos.
Enquanto isso, a Hasbro tenta variar a sua clássica Baby Alive. A linha, agora, comercializa meninos e meninas de mais de meia dúzia de diferentes etnias. E, entre as palavras programas que as bonecas falam, agora, a marca inclui “Daddy” (papai). Um porta voz da Hasbro disse que, agora, a marca tem uma boneca para cada tipo de criança, seja ela menino ou menina.
A feira de brinquedos ainda apresentou uma boneca transgênero, criada pela Tonner Doll Co, inspirada na adolescente transgênero Jazz Jennings, apresentadora de um programa no canal TLC. “O atual ambiente político é propício para que a gente lançasse essa boneca”, disse Robert Tonner, chefe executivo, proprietário e designer da Tonner Doll Co.
Do Advertising Age
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