Jequiti procura socio para crescer
Empresa retoma processo que deve eleger um sócio para a marca de venda direta de cosméticos do Grupo Silvio Santos
Empresa retoma processo que deve eleger um sócio para a marca de venda direta de cosméticos do Grupo Silvio Santos
Janaina Langsdorff
1 de fevereiro de 2012 - 9h10
A marca de venda direta de cosméticos Jequiti foi criada pelo Grupo Silvio Santos (SS) em 2006 e em pouco tempo se tornou alvo de rumores que alardeavam a sua suposta venda. Avaliada em cerca de R$ 1 bilhão, a marca exala números que atraem fundos de investimentos, interessados em ter Silvio como sócio, e concorrentes, como O Boticário, movido pela chance de engordar as vendas diretas de cosméticos, setor onde já atua com a marca Eudora. A eventual venda da Jequiti estaria alinhada ao plano de aglutinar os esforços em torno do SBT, a incorporadora Sisan e da loteria Telesena.
Mas em entrevista publicada na edição dessa quarta-feira, 1, pelo jornal Valor Econômico, Lásaro do Carmo Jr., presidente da varejista, reafirma que o plano não é vender e sim encontrar um sócio capaz de preparar a empresa para a abertura de capital, elevar o seu faturamento para R$ 1 bilhão e ainda construir uma fábrica com investimento estimado em R$ 100 milhões.
De acordo com Carmo, existem mais de dez interessados no negócio, entre fundos de investimentos e empresas de cosméticos internacionais. Um deles é a fabricante francesa de perfumes Coty, sediada nos Estados Unidos, que no ano passado já ficou bem perto de fechar negócio com a Jequiti, postergado devido às vulnerabilidades instaladas pela crise mundial. A disputa exclui, até o momento, as marcas nacionais de cosméticos. O processo deve ser retomado neste mês de fevereiro sob o comando do banco de investimentos Barclays.
Ambições à parte, hoje, os 900 itens comercializados pelas suas 190 mil consultores lhe garantem somente 3% de participação de mercado, índice ainda bem distante das líderes Avon e Natura. Em 2010, a perspectiva da Jequiti era crescer 40%, mas a previsão não se confirmou e a empresa acabou avançando 20%, para R$ 410 milhões. Esse mesmo patamar deve ser repetido também em 2012, ano em que a empresa pretende dobrar a capacidade do seu atual centro de distribuição em Osasco (SP), para 18 mil metros quadrados. Outros dois espaços devem ser construídos nas regiões Sul e Nordeste.
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