Midem avança na América Latina pelo Brasil
Primeira edição do evento da indústria da música na região aconteceu na última semana no Rio de Janeiro, dando início a um projeto de longo prazo
Primeira edição do evento da indústria da música na região aconteceu na última semana no Rio de Janeiro, dando início a um projeto de longo prazo
Teresa Levin
4 de dezembro de 2018 - 11h43
Desde 2012, o Sebrae do Rio de Janeiro organiza missões técnicas empresariais para o Midem, uma das maiores feiras da indústria da música no mundo, realizada anualmente em Cannes, na França. A iniciativa é capitaneada pelo projeto Estrombo, que mira a economia criativa e é liderado por Heliana Marinho, gerente de economia criativa do Sebrae Rio. Foi com ela que foi iniciada uma aproximação com os organizadores do Midem que culminou com a realização da primeira edição latino-americana do evento na última semana no Rio. Mas a estreia do encontro dedicado à indústria da música no Brasil é apenas o começo de sua atuação por aqui. A princípio, o projeto já prevê mais duas edições ainda maiores e uma estratégia de atuação sólida na região. Ele integra uma nova frente na qual o Midem está investindo, de estar presente fisicamente em mercados que têm alto potencial no segmento da música.
“Levamos mais de cem empresas para participar do Midem desde 2012 e, em 2014, começamos a negociar a realização de um fórum fechado para a delegação brasileira, vinculado ao Estrombo”, conta Heliana. A partir daí, começou a negociação que trouxe o evento ao País e que envolve ainda outro momento, quando a delegação brasileira vai para a edição francesa do Midem, com empresários e artistas que inclusive se apresentam em um palco por lá. Heliana antecipa que a edição de 2019 do Midem no Rio está confirmada e será ampliada, com dois dias de atrações; já em 2020 estão previstos três, ampliando as atrações do projeto.
O crescimento do evento já está previsto porquê a chegada à América Latina integra uma estratégia mais ampla do Midem. “Lançamos este ano um novo programa para os mercados de alto potencial. Ele foi criado para ajudar o desenvolvimento dos negócios de profissionais da música globalmente e estimular intercâmbios internacionais”, detalha Alexandre Deniot, CEO do Midem. O projeto começou em abril, na África, com o Midem African Forum que envolveu quatro eventos na África do Sul, Nigéria, Costa do Marfim e República do Congo, para apoiar a estruturação e profissionalização destes mercados em expansão.
“Para a segunda parte do programa, a América Latina foi para nós uma escolha óbvia, pois foi a região com o maior crescimento no mundo em 2017. A receita geral aumentou 18%, impulsionada pela receita de streaming que cresceu 49%”, revela Deniot. A escolha do Brasil como sede do Midem na América Latina veio pelo país ser o maior mercado da região e o nono global, além de um dos que mais cresce no mundo, informa o executivo. “É um evento que queremos tornar perene para acompanhar o crescimento da música latino-americana, bem como apoiar e conectar a comunidade musical latino-americana”, fala. Por conta disso, a estratégia é prolongar progressivamente a duração do evento, aumentando o número de painéis, sessões de keynote e adicionando novas funcionalidades. “Como as nossas duas competições, o MidemLab, para startups relacionadas com música, e o Midem Artist Accelerator, para futuros artistas, ou um Songwriting Camping”, antecipa.
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