Qual é o impacto dos jargões do mundo corporativo?
LinkedIn e Duolingo apresentam pesquisa sobre a percepção de profissionais de diversos países sobre o uso de jargões no ambiente de trabalho
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Meio & Mensagem
13 de junho de 2023 - 13h00
Feedback, networking, ASAP (as soon as possible), briefing e brainstorm: apesar de estarem em inglês, esses são termos bastante utilizados no mundo corporativo brasileiro. Ao lado do Duolingo, o LinkedIn realizou um levantamento global sobre o impacto dos jargões corporativos no cotidiano dos colaboradores.
O Brasil ficou acima da média (58%) entre os países que mais utilizam os termos no mundo, com 66%. Em primeiro lugar está a Índia, com 78%, seguida do Vietnã (76%) e Colômbia (67%). Ao todo, foram entrevistados 8 mil profissionais em oito países.
No que diz respeito às gerações, a pesquisa identificou que os Millennials são os que mais fazem uso dos jargões, enquanto a geração Z diz sentir que há um uso excessivo dos termos. Nos Estados Unidos, há um destaque para 60% da GenZ e 65% dos Millennials, que gostariam de eliminar ou reduzir o uso de tais jargões.
Os termos têm impacto direto na produtividade. 57% dos colaboradores confirmaram que a não compreensão dos termos tem um impacto que acontece várias vezes por mês, enquanto 32% acreditam que perderam tempo semanalmente nesse sentido. Profissionais de tecnologia, informação e mídia foram os que mais tiveram que descobrir o significado dos jargões por conta própria.
Um fato curioso é que, ainda que grande parte dos termos sejam na língua inglesa, 41% dos colaboradores estadunidenses disseram que vivenciaram complicações e erros de entendimento no trabalho por não entenderem os conceitos. Na Colômbia e Brasil, os números ficam em 35% e 28%, respectivamente. No geral, quase metade dos profissionais (49%), apontam que, pelo menos uma vez por semana, os jargões utilizados são ditos em uma língua que não entendem.
Além disso, 55% dos falantes em inglês com proficiência profissional e com inglês como segunda língua concordam que pessoas com que trabalham falam muitos desses termos. Na contramão, com os falantes nativos da língua, o número cai para 41%.
O estudo constatou que colaboradores de regimes híbridos e remotos se sentem mais excluídos por conta do uso excessivo de jargões (71%). Os jargões do trabalho mostram-se estressantes e atrasam a integração, apontam mais de um quarto deles. O dado é maior que os 54% registrados entre profissionais que trabalham presencialmente.
Há ainda depoimentos sobre oportunidades desiguais. 64% dos entrevistados demonstram que colegas que compreendem as palavras são mais capazes de progredir na carreira, com promoções e aumentos, por exemplo. Ademais, 19% acreditam que o uso excessivo dos jargões não cria um ambiente de inclusão e pertencimento.
No Brasil, 65% responderam que conhecer os jargões em inglês auxilia a se posicionarem melhor. Ademais, 36% já se sentiram diminuídos ou subestimados por optarem usar palavras em português ao invés de jargões em inglês, e 48% acreditam que sua área de trabalho exige o conhecimento de expressões específicas na língua.
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