Mas antes vamos tirar um Selfie?
Um selfie tem um poder assustador, mas as marcas ainda não estão sabendo utilizar esta mídia
Um selfie tem um poder assustador, mas as marcas ainda não estão sabendo utilizar esta mídia
Meio & Mensagem
13 de outubro de 2014 - 12h23
Nos dias de hoje a imagem está cada vez mais importante. O poder de um selfie, ou um autorretrato, caso você tenha chegado ao planeta terra agora, é algo assustador. As marcas estão sabendo utilizar esta mídia como deveriam? Quais são os cases de selfies que existem por ai a favor de marcas? Bom, o selfie da Ellen deGeneres durante a última transmissão do Oscar me parece que foi a primeira ação de marca (neste caso Samsung) comprovadamente de sucesso neste sentido.
Mas é muito pouco pela força desta mídia e a quantidade de usuários que hoje existem por aí. Comecei a pesquisar e não achei nada muito relevante ou apenas coisas bem óbvias, até que cheguei a ação criada pelo The Chainsmokers. Este duo de música eletrônica era praticamente desconhecido até o dia 29 de Janeiro de 2014, quando eles postaram o vídeo #Selfie, no YouTube. A partir de então, as “portas da esperança” se abriram para eles!
A frase do título deste artigo é uma tradução livre de “But first, let me take a selfie”. E o que isso tem de importante? Bom, esta frase faz parte da estratégia de marketing que eles usaram para se tornarem conhecidos mundialmente. A frase a que me refiro é pronunciada por uma modelo linda no início do vídeo, que até a data que escrevo este artigo esta com 237 milhões de visualizações no YouTube.
A história é a seguinte: os caras não tinham dinheiro e nem gravadora, mas através de um vídeo feito em um banheiro e com a contribuição de algumas subcelebridades que enviaram selfies para eles com a promessa de participar do vídeo em questão, conseguiram milhões de visualizações.
Ao invés de propaganda massiva com altos investimentos, eles focaram na atuação através das subcelebridades que existem aos montes por aí (pense em um ex-BBB). Ok, a primeira menção foi do Steve Aoki, um DJ de grande renome internacional, mas depois disso foi só subsubcelebridade postando, retuitando e mencionando que “você deveria assistir pois o vídeo é o máximo”. Bingo! 237 milhões de visualizações em 10 meses e contando!
Ou seja, a sacada foi a utilização das subcelebridades como mídia. A TV Globo torna o cara conhecido (no caso do BBB) e logo depois a pessoa vira um concorrente deles? Engraçado, mas parei para pensar nisso depois do case do tal #Selfie. Quantas pessoas por ai já estão vivendo de posts patrocinados? O objetivo é conquistar uma audiência própria e daí começar a faturar? Será que com 1.350 amigos no Facebook e 650 seguidores no Instagram vou conseguir alguma coisa? Quantos pontos no Ibope será que eu vou conseguir com o meu próximo selfie ou post?
E você, já postou um selfie hoje?
Paulo Octavio P. de Almeida é vice-presidente da Reed Exhibitions.
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