Setor privado se une para impulsionar soluções pelo clima
Empresas como Bradesco, Natura e Vale, entre outras, apresentam a Climate Action Solutions & Engagement
Com a aproximação da COP30 no Brasil, em novembro, empresas de diversos setores se mobilizam para incentivar soluções brasileiras que autem em prol do combate às mudanças climáticas.
Nesta terça-feira, 05, durante a São Paulo Climate Week, uma articulação entre Bradesco, Itaúsa, Itaú Unibanco, Natura, Nestlé e Vale apresentou a Climate Action Solutions & Engagement (C.A.S.E.), iniciativa para impulsionar e escalar projetos climáticos e socioambientais já existentes no Brasil.

Representantes das empresas envolvidas na C.A.S.E. e da presidência da COP30 se reuniram na São Paulo Climate Week para divulgar a iniciativa (Crédito: Divulgação)
O intuito é promover a articulação, implementação e engajamento de diferentes atores da economia para provocar mudanças com potencial de escala internacional.
As soluções devem mirar na inovação, competitividade e crescimento econômico, bem como estarem alinhadas às prioridades definidas pela Presidência da COP, sendo elas financiamento climático, bioeconomia, transição energética, sistemas alimentares, economia circular, infraestrutura e transição justa.
Em Belém, durante a Conferência das Partes entre os dias 10 e 21 de novembro, a C.A.S.E. terá um espaço exclusivo para a promoção de painéis e workshops dedicados a fomentar discussões sobre o papel do setor privado no enfrentamento à crise climática, gargalos ainda existentes e condições para escalar as soluções, entre elas a atração de investimento.
O anúncio passará por outros eventos, como as semanas do clima do Rio de Janeiro e Nova York, não apenas posicionando o Brasil como ator no combate às mudanças climáticas por meio da ciência, tecnologia e engajamento, mas também ressaltando a mobilização do setor privado pela transição com contribuições práticas e replicáveis.
COP no Brasil
Na última semana, um grupo de 25 negociadores da COP pressionou o Brasil para retirar o evento de Belém devido aos altos valores que vem sendo cobrados por acomodações na cidade, que podem diminuir delegações ou até mesmo inviabilizar a presença de países na conferência.
Durante encontro realizado na última sexta-feira, 1, para marcar a proximidade dos 100 dias do início do evento junto a jornalistas, André Corrêa do Lago, embaixador e presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, reiterou que a COP irá acontecer em Belém. A informação é da Agência Brasil.
De acordo com a Secretaria Extraordinária da COP30, foram colocados 2.500 quartos à disposição das delegações, com 15 para os 73 países que demandam tarifas entre R$ 554 e R$ 1.109. Também existem conversas para que a Organização das Nações Unidas (ONU) aumente o valor do subsídio oferecido atualmente para garantir a acomodação de países menos desenvolvidos.
O Brasil tem até o dia 11 de agosto para apresentar soluções para a questão.