Conexão Excessiva: movimento quer expandir alerta
Com apoio da Neeoh, Movimento Desconexo propõe Pacto Coletivo, para convencer famílias a adiar a entrega dos celulares para adolescentes

(Crédito: Divulgação)
As crianças e adolescentes tiveram um ano um pouco mais longe das telas dos celulares ao menos dentro do ambiente escolar. Sancionada em janeiro de 2025, uma Lei Federal proibiu o uso dos smartphones dentro das salas de aula e também durantes os intervalos.
Os debates em torno dessa Lei foram diversos e trouxeram à tona, mais uma vez, os impactos do uso excessivo de telas, sobretudo pelos mais jovens. Em 2024, esse assunto virou o tema central do Movimento Desconecta, que passou a se dedicar integralmente a debater a importância de manter as crianças e adolescentes os mais jovens em atividades que não se restrinjam às telas.
Mariana Uchoa, cofundadora do Movimento Desconecta (MD), explica que a ideia do projeto surgiu com a proposta de firmar um pacto coletivo para tentar mudar um pouco essa realidade. “A proposta do Movimento é um grande combinado entre famílias para adiar o primeiro smartphone até os quatorze anos e o acesso às redes sociais até os dezesseis. Não é uma proibição, mas uma espera até o momento mais adequado, considerando a maturidade física e emocional”, conta.
Após mais de um ano de atuação, o MD quer levar sua ideia para mais pais e famílias. Nesse fim de ano, o projeto ganhou o apoio da empresa de mídia out-of-home Neeoh. Além de ceder as telas que compõem seu inventário em parques, terminais e outros locais para ajudar a divulgar a mensagem do projeto, a equipe de criaçao da Neeoh também trabalhou na criação do conceito da campanha.
As peças mostram uma criança dividida entre dois ambientes: um parque, em que ela pode brincar, e uma tela que a mantém imersa. Com a mensagem “A infância é o tempo certo para descobrir o mundo fora das telas”, a campanha convida o público a conhecer mais sobre o Movimento Desconecta e a participar do Acordo Coletivo.
Segundo Mariana, o objetivo é lembrar que o uso precoce e excessivo de smartphones e redes sociais afeta, entre tantas outras dimensões, a saúde emocional de crianças e adolescentes.
CEO da Neeoh, Leonardo Chebly conta que, ao conhecer o projeto MD, a empresa de OOH reconheceu imediatamente sua relevância social e ofereceu apoio amplo nos circuitos para garantir escala e visibilidade à causa, além de desenvolver a campanha.
A precocidade digital e o excesso de conexões afetam diretamente o desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes, impactam suas famílias e têm potencial para influenciar toda a estrutura social. Por isso, seguiremos por muito tempo ao lado do Desconecta, contribuindo para ampliar a conscientização e promover um debate urgente sobre os impactos desse excesso na formação das novas gerações.”
Para o ano que vem, o Movimento terá como foco ampliar o alcance desse Acordo Coletivo, a fim de que mais família reflitam sobre a importância de atrasar um pouco a entrega do celular nas mãos de crianças e adolescentes.
Mariana conta que o projeto investirá na produção de conteúdo, campanhas e ferramentas práticas que apoiem famílias na navegação de ambientes digitais mais saudáveis, além de apoiar políticas publicas que tenham essa pauta.
“Também vamos fortalecer e promover conversas mais amplas sobre o tema, aumentando parcerias com especialistas, empresas e organizações comprometidas com o desenvolvimento infantil”, promete.
