Como funciona o programa de saúde mental da Nestlé?
Em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, iniciativa capacita colaboradores para identificar e acolher colegas em sofrimento emocional no ambiente de trabalho
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Taís Farias
30 de maio de 2025 - 13h46
A saúde mental tem sido um desafio para 38,05% dos líderes brasileiros. O dado é fruto da quinta edição do Estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, realizado pela The School of Life em parceria com a Robert Half, publicado em setembro no ano passado.
Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil: “Eu acho que a Covid-19 fez um antes e depois do tema da saúde mental” (Crédito: Arthur Nobre)
No mesmo estudo, 50,30% dos profissionais afirmaram que sua saúde mental é impactada negativamente pela maneira como a cobrança por produtividade acontece na empresa. À frente da operação brasileira na multinacional de alimentos Nestlé, Marcelo Melchior falou sobre como o tema é abordado na companhia durante sua participação no CEO’s Talk Show.
“Eu acho que a Covid-19 fez um antes e depois do tema da saúde mental. Hoje em dia, nós não temos vergonha de dizer: ‘Eu estou com burnout, estou com problema psicológico’”, descreve o executivo.
Em março, a companhia anunciou uma parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein para o programa interno “Parceiros do B.E.M”, um acrônimo para bem-estar mental. O programa é focado no público interno e pretende capacitar 600 colaboradores da multinacional para aturarem como aliados da saúde mental na organização.
A empresa também projeta um investimento de R$ 1,5 milhão em iniciativas de bem-estar e saúde mental ao longo de 2025. “Não são especialistas, mas são pessoas com o mínimo de formação para ajudar os seus colegas como a primeira rede de apoio, que possa saber o que fazer e orientar”, explicou Melchior.
E acrescentou: “Nós somos a primeira empresa a trabalhar com Einstein para ver como criamos essa rede de apoio, que são colegas. É como se fosse aquela brigada de incêndio das empresas – mais ou menos isso -, mas no tema de saúde mental”.
O programa inclui encontros presenciais e online, conduzidos por especialistas em saúde mental do Einstein com mais de 28 mil horas de treinamento. A proposta é desenvolver nos parceiros a sensibilidade necessária para compreender quem, no local de trabalho, pode estar em sofrimento emocional e necessita de algum tipo de intervenção.
As capacitações envolvem temas como transtornos mentais comuns, álcool e drogas, síndrome de burnout e gestão de colaboradores. A inscrição para se tornar um parceiro foi voluntária entre os colaboradores. O Hospital Israelita Albert Einstein ajudou no processo de seleção após um mapeamento dos interessados.
Os critérios consideram desde o tempo de casa, disponibilidade para atuar como ponto de apoio e compromisso com a própria saúde mental, assim como a aptidão profissional para acolher e orientar os colegas. Os profissionais recebem mecanismos de proteção para a própria saúde mental.
O programa envolve as lideranças que trabalham junto aos parceiros e também passam por uma imersão para entender riscos, fatores de proteção e como saber identificar situações, acolher e encaminhar para o atendimento psicológico. Além da iniciativa, a companhia já conta com uma rede de apoio profissional e o Programa Especializado de Apoio ao Colaborador (PEAC).
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