Spotify entra no ar para concorrer com pirataria
Serviço online de música chega ao mercado nacional com o objetivo de atrair usuários para o streaming e beneficiar artistas com remuneração
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Meio & Mensagem
28 de maio de 2014 - 4h43
Por Isabella Lessa, do ProXXIma
Após uma expectativa de oito meses, desde que Gustavo Diament foi anunciado como diretor do serviço para a América Latina, o Spotify estreou oficialmente no mercado brasileiro nesta quarta-feira, 28. Desde o final do ano passado, o serviço online de música vinha sinalizando sua chegada ao País por meio de convites de pré-cadastro via e-mail – o que, segundo a empresa, atraiu mais de 400 mil brasileiros.
A TV Meio & Mensagem acompanhou o lançamento da plataforma no País. Confira!
Segundo Diament, a plataforma demorou para chegar ao Brasil porque a empresa quis adequar o produto ao mercado local. “A experiência só ficou pronta agora. Temos certeza de que o brasileiro poderá usufruir tanto quanto um usuário dos Estados Unidos ou Suécia”, afirma.
O País é o 57º mercado onde a empresa atua. Na América Latina, é o 18º. Os brasileiros podem usufruir do acervo completo do serviço, que conta com 30 milhões de músicas e um bilhão e meio de playlists.
Para competir com Deezer, Rdio e Xbox Music, disponíveis por aqui há mais de um ano, a empresa planeja destacar-se pela oferta de audição off-line do acervo por meio de downloads. O plano “premium” permite que o usuário baixe músicas no próprio dispositivo, podendo acessá-las sem a conexão de internet. “Nosso principal concorrente é a pirataria. E, para combatê-la, é preciso entrar no território dela e oferecer música gratuita, mas ao mesmo tempo disponibilizar ferramentas que possibilitam a descoberta da música”, avalia Diament. Um algoritmo que cria recomendações de artistas e bandas aos usuários também é um dos diferenciais do serviço.
Por enquanto, a opção paga está disponível apenas para cartões de crédito internacionais e custa US$ 6 (R$ 13,50). Em breve, será possível pagar a mensalidade com cartões nacionais por R$ 14,90. O plano gratuito está limitado ao PC e vem com anúncios sonoros entre as faixas.
Outra grande aposta da marca é o modelo de remuneração aos artistas de acordo com a quantidade de reproduções das músicas. De acordo com Diament, a empresa é responsável por um terço da receita da indústria musical no Reino Unido. Além disso, artistas como Gilberto Gil estarão presentes na plataforma por meio de playlists criadas por eles mesmos. O evento apresentou um vídeo do cantor baiano e também contou com a presença de Marcelo Jeneci, Gaby Amarantos e Fernanda Takai.
Anunciantes
Até o momento, a empresa conta com cinco anunciantes: Nivea, Heineken, Fiat, LG e Unilever (Cornetto e Axe). Diament não quis comentar como serão os formatos dos anúncios, mas antecipou que a empresa deve adotar cases que deram certo em outros países. “Pregamos criatividade e queremos investir em campanhas interativas com a música como um dos principais elementos”. Ele também adianta que a equipe deve importar as “placelists”, uma parceria global com a Coca-Cola em que é possível ouvir listas de faixas de acordo com a geolocalização.
O Spotify foi criado na Suécia, em 2008, por Daniel Ek e Martin Lorentzon. O serviço conta com 40 milhões de usuários globais, sendo que cerca de 10 milhões são assinantes pagos, segundo dados da própria empresa, que preferiu não revelar suas expectativas sobre o Brasil em números. Na semana passada, a plataforma gerou buzz com a ação #musicasquemarcam, criada pela Sunset Comunicação, em que celebridades foram tatuadas com trechos de músicas.
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