Vanilla Caffé em expansão pelo Brasil
Rede surgida em SP já opera em oito estados e inclui parcerias na estratégia de marketing
Rede surgida em SP já opera em oito estados e inclui parcerias na estratégia de marketing
Roseani Rocha
9 de abril de 2012 - 8h15
Aproveitando a onda de cafés especiais que começa a se espalhar no Brasil, a Vanilla Caffé, rede do Grupo Platinan, que tem também a marca Bon Grillê, investe em parcerias para aumentar o fluxo em suas 21 lojas. A rede de cafeterias, fundada em 2006, afirma que enquanto o setor de cafés normais cresce em média 10% ao ano, o de cafés especiais, embora pequeno, está crescendo em média 23% ao ano.
Originada em São Paulo, a rede atualmente está presente também nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Ainda este ano deve inaugurar uma loja em Anápolis (GO), além de mais três em São Paulo e uma em Florianópolis (SC). Do total de lojas, somente duas são próprias e as demais operam pelo sistema de franquias.
O preço médio para abertura de uma loja Vanilla Caffé é de R$ 350 mil, com as variantes destacadas por Mauricio Freire, diretor do Grupo Platinan, como o fato de ser de rua ou shopping e em ambos os casos, dependendo também da localização – o que aumenta ou não o preço. O investimento na loja costuma se pagar em 36 meses.
O crescimento de 20% em 2011 sobre 2010 foi creditado a ações estratégicas de marketing como parcerias com as marcas Queensberry, ClubMed e Sony Pictures. Bruno Bonfiglioli, gerente de marketing da Vanilla conta que nos dois últimos casos, a mediação do acordo é feita pela agência de marketing direto Espaço Z. Neste momento, por exemplo, a parceria ocorre com a Paris Filmes, em que nas compras acima de R$ 45 os clientes ganham um par de ingressos para o filme Jogos Vorazes, seguindo a mecânica usada ano passado com a Sony. Com o ClubMed um concurso cultural definiu em dezembro o cliente que ganharia uma viagem a Trancoso, na Bahia. “Buscamos, através da agência de marketing direto, criar uma parceria em que eles fizessem o investimento para expor suas marcas dentro das lojas Vanilla Caffé, que tem um público AB, de 25-45 anos, e preza o produto de alta qualidade”, definiu Bonfiglioli.
Mesmo considerando as ações bem sucedidas, tanto que já estão repetindo com novos parceiros este ano, a empresa espera crescimento um pouco menor em 2012, de 15%, por motivos que são explicados por Mauricio Freire: “Este ano fizemos uma projeção menor, pela situação nublada da economia, com esse cenário de crise internacional”, diz. Ele ressalta, no entanto, que a projeção é muito mais pensando na expansão, do que na performance de cada loja já em operação. O segmento, segundo o executivo, vai crescer naturalmente, porque estando dentro do negócio o lojista passa tranquilo por eventuais crises, já que o café é um produto que não é de alto custo e que está impregnado na cultura do Brasil, com as pessoas consumindo o produto várias vezes ao dia. “Não existe preocupação em quedas de faturamento nas lojas, o que pode haver é as pessoas ficarem mais temerosas para investir em novas operações. Mas o café está presente no dia a dia de todo mundo”, analisa Freire.
A rede Vanilla Caffé projeta finalizar 2012 com 30 lojas no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF) as franquias de alimentos foram as que mais cresceram em 2012, com incremento de 14,5%. Percentual semelhante é esperado para este ano.
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