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Google rebate acusações de monopólio

Empresa contrata estudo de especialistas em legislação antitruste para mostrar que segue dentro da lei


11 de outubro de 2012 - 8h35

Após um ano se defendendo contra acusações de monopólio, o Google contratou o juiz Robert Bork e o professor Gegory Sidak para realizar um estudo sobre a situação. O relatório divulgado na quarta-feira 10, examina as teorias jurídicas dos críticos do Google e compara essas hipóteses à experiência de busca no mundo real.

Segundo o relatório, “os críticos do Google alegam que sua magnitude o torna o ‘portão de entrada da Internet’ e que as práticas de busca do Google são anticoncorrenciais, tais como a forma que classifica os resultados das buscas”. Os especialistas rejeitam a alegação de que o Google seja o “portão de entrada” da internet, e explicam que os internautas demandam por buscas gratuitas e os anunciantes por mais visitantes. “A natureza de duas faces da busca na internet é fundamental para entender como os incentivos do Google se alinham com a promoção da concorrência e da satisfação do consumidor. A maior fonte de receita do Google vem dos anúncios e a demanda dos anunciantes depende da demanda dos consumidores pelo Google. O fato de os consumidores poderem mudar para mecanismos de busca instantaneamente, a custo zero, limita a capacidade e o incentivo do Google de agir de forma anticoncorrencial. Os consumidores também podem navegar diretamente para qualquer mecanismo de busca concorrente, devido à arquitetura aberta da Internet”, afirmam no relatório.

Bork e Sidak defendem que a forma de busca do Google é apenas um facilitador ao usuário. “Ao contrário de resultados de busca ‘geral’, que fornecem links para outros websites, os resultados de busca especializada fornecem respostas diretas às consultas dos usuários, com base no tipo de mídia pertinente”, diz o relatório. Para eles, ao fornecer resultados mais específicos o Google otimiza as buscas dos consumidores.

Outro fator apresentado no relatório, é que o fato de o Google ter ganhado participação de mercado com suas práticas questionadas, aconteceu pelo detrimento de seus concorrentes. Os pesquisadores citam a explicação dada pelo juiz Frank Easterbrook, que disse: "Todas as práticas de concorrência bem-sucedidas fazem vítimas. Quanto maior sucesso fizer um novo método de fabricação e distribuição de um produto, maior vítimas haverão e mais profundos serão os prejuízos das vítimas". De acordo com eles, essa é a natureza da concorrência.

Punição
A empresa rebate que ao ser punida, pelo fato de ser um concorrente mais eficiente, os consumidores serão prejudicados, contradizendo, portanto, o propósito maior da legislação antitruste, que preza que o consumidor seja beneficiado por uma gama de produtos, de forma justa. 

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