Rede Bahia: novas lideranças e foco em conteúdo local

Giovana Oréfice
22 de março de 2023 - 14h45

Carnaval de Salvador, apoiado pela Rede Bahia, contou com um camarote patrocinado pelo Bradesco (Crédito: Divulgação)

A Rede Bahia, afliada da Globo, anunciou nesta quarta-feira, 22, seu novo plano de sucessão de lideranças. Na movimentação, Antônio Carlos Magalhães Jr deixa o posto de presidente do Conselho e dá espaço a Paulo Cesena, que era CEO do grupo desde setembro de 2019. Frente ao novo momento, a cadeira será ocupada por Rogério Bruxelas, diretor executivo de negócios da Rede.

O novo presidente aponta que a decisão já estava estabelecida, com foco na valorização de pessoas de “dentro de casa”. Ainda, há a intenção de profissionalização do Conselho, uma vez que marca a entrada de um membro independente dos acionistas da Rede. “Só fortalece o papel do Conselho na governança da gestão e que é hoje 100% profissional, e nesse sentido foi uma revolução de sucessões que termina agora comigo assumindo a presidência”, diz.

Rogério Bruxellas, novo CEO da Rede Bahia (Crédito: Divulgação)

Ainda que os canais de comunicação tenham sofrido mudanças ao longo dos anos, sobretudo pelo crescimento dos meios digitais, a programação da televisão aberta está dando o direcionamento das redes sociais.

“A minha esperança é que a TV aberta tenha uma recuperação de confiança”, declara Bruxellas. E, ao que tudo indica, a Rede Bahia está no caminho certo. O Grupo conta ter encerrado 2022 consolidando-se como a quarta maior audiência da Globo entre todas as afiliadas.

O veículo engloba, além da televisão, quatro emissoras de rádio. Enquanto isso, no digital, tem a cobertura do G1 Bahia, GE Bahia e iBahia. Ademais, o Bahia Eventos é a marca de live marketing do grupo, que promove festivais como o Festival de Verão de Salvador e o Festival de Inverno da Bahia, ambos que acontecem na cidade de Vitória da Conquista.

Força do conteúdo baiano

“A Bahia é, na minha opinião, o maior exportador de cultura e de alguns temas ligados à diversidade”, comentou o novo CEO. Segundo ele, o estado tem o potencial de trazer a legitimidade de exportação, devido à movimentos fortes de diversas causas, como a racial e relacionada à comunidade LGBTQIAP, que existem por lá. Cada vez mais, a intenção é trazer os anunciantes mais para perto desta percepção para conquistar legitimidade ao entrar em conversas relacionadas à temática.

Além disso, há o foco de continuar investindo no arsenal tecnológico. A intenção é viabilizar projetos personalizados aos clientes, bem como seguir as tendências que estão sendo adotadas por parte da audiência. Neste sentido, a Rede prepara, para o final de abril, o lançamento de um super app que integra todas as rádios que tem sob seu guarda-chuva com canais adicionais em programação. Bruxellas explica que 30% dos ouvintes já consomem rádio pelo celular, o que se mostrou como uma oportunidade de negócio em potencial.