Netflix ganhará novo concorrente no Brasil
O indiano Dish Flix estaria estudando, junto a agências de branding, a estratégia de comunicação que será aplicada no mercado brasileiro
O indiano Dish Flix estaria estudando, junto a agências de branding, a estratégia de comunicação que será aplicada no mercado brasileiro
Meio & Mensagem
3 de fevereiro de 2016 - 12h07
Criado em 2015 pelo grupo de TV a cabo indiano Zee TV, o Dish Flix, serviço de vídeo sob demanda, estaria preparando sua entrada no Brasil, um dos maiores mercados do concorrente Netflix.
Nos Estados Unidos existe uma empresa de TV a cabo homônima, porém, sem relação com o Dish Flix indiano.
De acordo com a Folha de S.Paulo, executivos da empresa têm se reunido com agências de branding para definir a estratégia de marca no mercado brasileiro. Existe, inclusive, a possibilidade de mudar o nome fantasia da plataforma.
O modelo de negócio seria o mesmo adotado na Índia com mensalidades de R$ 6 com a necessidade de comprar um aparelho de R$ 360 para a utilização sem acesso à internet.
Em seu catálogo, o Dish Flix oferece filmes e séries de Hollywood e Bollywood. Cerca de 60% do conteúdo atual são produzidos na Índia. O Dish Flix faz o caminho inverso ao da Netflix que entrou no mercado indiano cobrando R$ 30 mensais e aposta no País para a compra de produções bollywoodianas.
Desafio da concorrência
Os planos da Netflix de investir US$ 5 bilhões em produções próprias neste ano esbarram no avanço da concorrência.
Entre os principais players que ameaçam o crescimento da Netflix está o HBO Go que, desde outubro, é oferecido na América Latina. Em outubro, o YouTube lançou o YouTube Red, serviço de assinatura.
A concorrência não é apenas global, mas local. Disputam com a Netflix: Foxplay, Crackle, Skyonline, PhilosTV, Net Now, Vivo Play, Claro Vídeo e Globosat Play. Dentre as emissoras da TV aberta Globo, Record, Band e SBT já possuem seus serviços de streaming e a RedeTV prepara sua ferramenta.
Em dezembro, foi lançada a Enter Play, plataforma de conteúdo digital, que, em uma mesma interface, reúne TV aberta e TV paga, vídeos, música, jogos e aplicativos. O acesso pode ser feito de computadores, tablets, smartphones, televisões ou set-top-box, desde que o dispositivo esteja conectado à internet.
Números de um levantamento da Conecta, plataforma de web do Ibope, mostram um avanço no consumo on demand. De acordo com o estudo, 34% dos internautas brasileiros assistem a filmes e programas de TV "on demand" ao menos uma vez por semana.
Ainda segundo o levantamento, 15% assistem conteúdos "on demand" todos os dias, 12% ao menos uma vez por mês e 10% menos de uma vez por mês. Há, porém, 29% que nunca assistem. Quando consomem filmes ou programas de TV, 48% preferem assistir na TV, 40% no computador, 9% no smartphone e 4% no tablet.
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