Usuários saberão quais posts russos leram no Facebook

24 de novembro de 2017 - 11h56

Vladimir Putin (crédito: Morris MacMatzen-GettyImages)

Do AdAge,

O Facebook mostrará pessoas e páginas que os usuários da rede seguiram ou curtiram que foram feitas via propaganda russa, respondendo a pedidos feitos pelo Congresso dos Estados Unidos para que traga à luz a manipulação e a intromissão durante a campanha presidencial de 2016.

A ferramenta estará disponível no fim do ano no centro de suporte online da rede social, segundo um post no blog da empresa. A ferramenta responderá à pergunta “Como eu posso ver se eu curti ou segui alguma página ou post do Instagram ou Facebook que foi criada pelo Internet Research Agency?” Essa é a empresa russa que criou centenas de posts incendiários de contas falsas que fingiam ser cidadãos dos EUA. As pessoas poderão ver uma lista de contas que seguiram, se houver alguma, de janeiro de 2015 a agosto de 2017.

 “É importante que pessoas entendam como atores estrangeiros tentaram semear divisão e desconfiança usando o Facebook antes e depois das eleições de 2016”

Essa é a atitude mais direta que o Facebook tomou para explicar aos usuários como eles podem ter sido afetados pelos posts, que podem ter atingido 150 milhões de pessoas. Esse conteúdo levantou controvérsias sobre porte de armas, imigração, questões raciais e religiosas nos Estados Unidos, inclusive, algumas vezes promovendo protestos reais nos dois lados do debate.

“É importante que pessoas entendam como atores estrangeiros tentaram semear divisão e desconfiança usando o Facebook antes e depois das eleições de 2016”, a empresa afirmou no post.

Facebook, Google e o Twitter prestaram testemunho ao congresso durante horas para explicar como a Rússia usou as plataformas para manipular a população do país. As companhias prometeram fazer mais para prevenir algo semelhante no futuro, e afirmaram que vão estudar a possibilidade de informar usuários sobre a exposição.

“Eu espero que o Google e o Twitter sigam o caminho do Facebook”, afirmou o senador Richard Blumenthal, um democrata de Connecticut e membro do Comitê Judiciário do Senado.