Marcas com propósito e programas de impacto – é tudo a mesma coisa?

7 de março de 2023 - 6h00

(Crédito: Blue Planet Studio/shutterstock)

Ter um propósito – uma razão se ser e existir – é algo que permeia a nossa vida, o contexto no qual estamos inseridos e as nossas ações. Afinal, quem quer passar despercebido? Queremos todos deixar um legado ou fazer a diferença para algo ou alguém.

Isso não é diferente no contexto das marcas. Em um universo de comunicação que se recicla e se reinventa em uma velocidade exponencial – são novos meios e novas formas de se conectar com o consumidor, que surgem segundo a segundo –, ter um propósito significa ter personalidade. Ter claro qual é o papel que a marca pretende desempenhar na vida de quem, de alguma forma, a consome.

Muitas vezes, a tradução desse propósito é vinculado ao apoio de alguma causa social. E faz sentido, já que as marcas hoje não só podem, como devem, apoiar e dar voz a temas extremamente importantes – diversidade, inclusão, sustentabilidade, saúde, entre tantos.

No entanto, por mais que propósito e apoio à alguma causa estejam relacionados, é importante saber diferenciar – principalmente para não cairmos na armadilha de levantar uma bandeira sem todo o conhecimento e, principalmente, sem o devido comprometimento com resultados reais.

Ter um propósito – de marca, de negócio, e por que não, de vida – é algo que vai muito além de uma bandeira levantada. É a essência ou por definição do dicionário, a “intenção de fazer, aquilo que se busca alcançar, objetivo, finalidade, intuito”. Pode se traduzir em facilitar a rotina de limpeza da casa, proteger famílias e crianças de uma doença, deixar o dia mais gostoso e feliz.

Para que o propósito se desdobre em programas de impacto, é necessário que ele nos leve a ações efetivas. A conexão da causa com a essência e propósito da marca, traz verdade. Mas para gerar resultado, é preciso muito mais do que isso. É necessário comprometimento, investimento – de recursos e tempo – e mensuração de resultados reais. Seja através de associações a programas já existentes, de campanhas de comunicação que promovam a mensagem da causa escolhida em maior escala, de doações, entre muitas possibilidades. Dessa forma, conseguimos chegar no ponto principal dessa reflexão que tem sido cada vez mais presente – como marca, estou entregando à sociedade aquilo que me proponho a fazer?

A resposta a essa pergunta, muito tem a ver com saber diferenciar esses dois conceitos que caminham juntos. E entender que existe um caminho incrível para se percorrer quando se tem clareza do propósito, e quais ações podem derivar dele para gerar um impacto positivo: para a marca, para o negócio, para a sociedade e para o mundo.