O histórico e polêmico momento em que jornalismo vira ChatGPT
No lugar das lamúrias, players do segmento devem trabalhar em linha com os tecnólogos mais avançados do mundo, para ficar na vanguarda ao lado deles
O histórico e polêmico momento em que jornalismo vira ChatGPT
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Se você não acompanhou, segue um rápido resumo, uma linha do tempo, de empresas jornalísticas das mais importantes do mundo que acabam de fazer acordo com o ChatGPT.
Vamos discutir se isso é bom, ruim ou muito pelo contrário.
Linha do tempo de acordos entre editores e ChatGPT
Para o ChatGPT, essas parcerias são cruciais porque:
Críticas e desvantagens para os publishers
Só mudamos a história se mudarmos nós mesmos
Eu era country manager de um portal de internet (de conteúdo e serviços, um editor, portanto) chamado Starmedia, e também colunista colaborador do jornal Valor Econômico, isso ali no final da década de 1990 e início dos anos 2000. Ninguém precisou me contar. Vivi esse momento histórico na pele, na vida e no olho do furacão.
Editores em geral se opuseram à indexação de sua produção e conteúdos pelo Google, temendo perda de controle e sua própria relevância.
Ali, cometeram o primeiro de uma série de erros crassos de interpretação da história (por um misto de ignorância atávica e arrogância) e pagam por isso até hoje.
Antes disso, haviam já se oposto à chegada da própria internet e a grande maioria achava que ela seria não mais que uma tecnologia passageira.
Eu estava lá. Eu vi. Não me peçam, que cito um a um, a quem desejar, nomes de empresários, jornalistas e editores do nosso mundo da mídia que tinham essa pétrea posição.
Vai vendo.
Ali, dizia, a indústria editorial deveria ter sido ela, não o Google, a inventar as plataformas de indexação e busca, porque sempre foram elas as detentoras da produção de conteúdo e sua distribuição.
Agora é tudo igual.
Ao invés de serem revisionistas de uma história que está, obviamente, e uma vez mais, sendo escrita à sua revelia, editores, jornalistas e empresários do setor deveriam imediata e urgentemente assumir um protagonismo inédito, e fazer o seguinte:
Então é o seguinte e, na verdade, é estupidamente simples (o uso de uma expressão ligada à estupidez não é, aqui, um acidente de linguagem … nota do editor): trabalhar em linha com os tecnólogos mais avançados do mundo, para ficar na vanguarda ao lado deles, que irão, nos agrade isso ou não (é verdadeiramente irrelevante nosso sentimento de lamúria) inevitavelmente, escrever a história do futuro.
Como todo risco, esta é uma OPORTUNIDADE. E única!
A opção é, uma vez mais, ficar atrás e a reboque, reclamando como adolescentes rebeldes pasmados. Como sempre.
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